quarta-feira, 14 de agosto de 2019

GEOPOLÍTICA AOS MEUS OLHOS – III: COMO O BRASIL SE CAPITULOU AOS ESTADOS UNIDOS.




            Imagine um grande jogo de “War”, aquele mesmo joguinho de tabuleiro e peõezinhos que os adolescentes costumam consumir noites. Imagine uma dezena de equipes de jogadores, todas disputando o domínio do mundo. Equipes que não têm nomes, não representam nenhum território específico, mas cada uma das equipes têm seus objetivos estratégicos. Pois é!... Este é o planeta Terra.

Este jogo é assistido e vivido por mais de sete bilhões de espectadores. E assim como em qualquer evento esportivo, existem narradores e comentaristas. Nem sempre com muito critério. Estas são as mídias. Mas há aqueles que são mais exigentes, e querem ter uma visão mais próxima da realidade. Quem ganha e quem perdem, neste tabuleiro? Quem comenta são os cientistas política e suas análises se denominam geopolíticas. A análise de onde e para onde o mundo caminha é necessário uma abstração impossível de se reproduzir nos melhores cérebros do mundo. Nem existem sistemas computacionais para isto. Mas é possível colocar algumas premissas,e inferir algumas tendências.

           

COMO ESTÁ O BRASIL ANTUALMENTE

            O Brasil não é um país qualquer. Se é que existem algumas características definem a pujança de um país, eu colocaria população, território e PIB, como as principais características ao lado do IDH. Se formos ranquear a os dez maiores países em relação às três primeiras características, selecionaríamos apenas três. Estados Unidos, China e Brasil. Somos o quinto maior território, a quinta maior população e a nona economia do mundo. (Quando incluímos os dez maiores IDH como quarta característica, nenhum destes países seriam selecionado). Quando se aumenta a amplitude para quinze países, inclui-se a Rússia e a Índia. Verifica-se, deste modo, a importância dos BRICS. Um cartel composto por Brasil, Rússia, Índia e China é um forte contraponto à supremacia estadunidense no mundo.

            Um dos grandes pecados do Brasil é não se preocupar com sua segurança. Um país tão importante não deveria ser tão vulnerável. Sempre nos contentamos com a liderança da América Latina, sem maiores aspirações.  Por outro lado o Atlântico Sul não representa nenhuma forma de ameaça à nossa soberania. Não falo aqui somente do nosso potencial bélico, mas, o que é mais grave, o Brasil é um livro aberto para espionagem internacional. Não só em relação à informação, mas em relação às sabotagens interna. Quase tudo que vem acontecendo na política nos últimos dez anos na política nacional tem o dedo de potências internacionais, em particular dos Estados Unidos. Desde o Impeachment sem crime de responsabilidade da Dilma Rousseff, até a eleição de um presidente alinhado com seus interesses foi meticulosamente planejados pela CIA e pelo capital financeiro norte-americano. Para dizer de forma clara e sucinta o nosso país de capitulou integramente aos interesses estadunidenses.

            Como é do conhecimento de todos nós, a China vem ameaçando a hegemonia dos Estados Unidos no mundo. A China aliada com a Rússia somada com as suas áreas de influência, equivale à economia Norte-americana.  Os países da Comunidade Europeia somados têm uma economia bem maior que os Estados Unidos. Porém, apenas dois fatores dão aos Estados Unidos o domínio sobre nosso planeta. O potencial bélico e o Dólar como meio de troca internacional. Com relação à moeda, a Europa já tem uma moeda única, o Euro. Russos e Chineses planejam lançar uma moeda conversível. Na tecnologia de armamentos convencionais, os Russos não ficam para trás. Nada impede de a Europa, até por questões pragmáticas, venha a fazer alianças mais robustas com a China e Rússia em detrimento dos interesses Norte-Americanos.

            Durante a década passada até metade desta, o Brasil procurou andar com as próprias pernas, levou consigo a Argentina e a maioria dos países da América do Sul. Chegou à sexta economia do mundo! Os serviços de inteligência estadunidense trataram de sabotar o Brasil, derrubando governo, destruindo grandes empresas de engenharias, construções navais, além de levar uma das prósperas companhias de petróleo, como a Petrobrás, a um colapso.

            Os americanos conseguiram resgatar o Brasil e a América Latina. Mas e agora o que fazer com seu quintal reconquistado? Nos Estados Unidos existem duas alas. Para facilitar darei nomes, que na realidade não lideram os seus grupos. A primeira é a do Trump, que quer a total submissão do Brasil e de nossos vizinhos a seus interesses. Quer para si todos os nossos recursos naturais para ser explorado ao bel prazer. Semelhante ao sistema colonial que vigorou no mundo até a década de setenta. O segundo é o grupo do Clinton, que quer a nossa economia atrelada a deles, mas sem essa de terra arrasada. Eles precisam do nosso mercado. Por outro lado é muito perigoso transformar países com duzentos anos de independência política, em um grupo de colônia do tipo que tivemos na África até meado do século passado. Clinton e sua turma querem países submissos aos interesses estadunidenses, mas não querem economias fracas. Um quintal improdutivo não fortalece a economia, o bom é fazer uma horta e criar galinhas! Para o grupo do Clinton pode ser até interessante acontecimento como a derrota do Macri na Argentina, ou a desmoralização da Lava Jato, pelo americano Glemm Grenwald. Até mesmo Lula Livre, se este não passar dos limites. Isso só eles e a CIA sabem.

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