domingo, 13 de outubro de 2013

EUA: ÍNDICE DE DESEMPREGO E PESSOAS FORA DO MERCADO DE TRABALHO.


Costello : Eu quero falar sobre a taxa de desemprego nos Estados Unidos.

 ABBOTT : bom tema . Péssimo Times. Ela é de 7,8%.

 Costello : que muitas pessoas estão fora do trabalho?

 ABBOTT : Não, isso é de 14,7%

 Costello : Você acabou de dizer 7,8%.

 ABBOTT : 7,8% de desempregados.

 Costello : Certo, 7,8% fora do trabalho .

 ABBOTT : Não, isso é de 14,7%.

 Costello : Ok, então é de 14,7% de desempregados.

 ABBOTT : Não, isso é 7,8%.

 Costello : Espere um minuto . É de 7,8% ou 14,7 % ?

 ABBOTT : 7,8% estão desempregados. 14,7% estão sem trabalho .

 Costello : Se você está fora do trabalho que estão desempregados.

 ABBOTT : Não, o Congresso disse que você não pode contar com o os “que estão fora do mercado de trabalho", como os desempregados. Você tem que procurar para o trabalho de ficar desempregado.

Costello , mas eles estão fora do trabalho !

 ABBOTT : Não, você perca o seu ponto.

 Costello : O ponto ?

 ABBOTT : Alguém que não procura para o trabalho não pode ser contado com aqueles que procuram para o trabalho. Não seria justo.

 Costello : Para quem?

 ABBOTT : O desempregado.

 Costello : Mas todos eles estão fora do trabalho .

 ABBOTT : Não, os desempregados estão activamente à procura de trabalho. Aqueles que estão fora do trabalho deu -se procurando e se você desistir , você não está mais nas fileiras dos desempregados .

 Costello : Então, se você estiver fora os rolos de desemprego que contaria como menos desemprego ?

 ABBOTT : Desemprego iria para baixo. Absolutamente !

 Costello : O desemprego só vai para baixo, porque você não procura para o trabalho?

 ABBOTT : Com certeza ele vai para baixo . É assim que eles chegam a 7,8 %. Caso contrário, seria de 14,7%. O nosso gov. não quero que você leia sobre 14,7 % de desemprego .

Costello : Isso seria difícil para aqueles candidato à reeleição .

ABBOTT : Absolutamente.

Costello : Espere, eu tenho uma pergunta para você. Isso significa que há duas maneiras de reduzir o número de desemprego ?

 ABBOTT : Duas formas estão corretas.

 Costello : Desemprego pode ir para baixo se alguém consegue um emprego ?

 ABBOTT : Correto .

 Costello : E o desemprego também pode ir para baixo se você parar de procurar um emprego ?

 ABBOTT : Bingo .

 Costello : Portanto, há duas maneiras de reduzir o desemprego, e o mais fácil dos dois é ter as pessoas deixam de procurar trabalho ..

 ABBOTT : Agora você está pensando como um economista.

 Costello : Eu nem sei o que diabos eu disse !

 ABBOTT : Agora você está pensando como o Congresso.

 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

CELSO DE MELLO - NUNCA A MÍDIA FOI TÃO OSTENSIVA PARA SUBJUGAR UM JUIZ

Saiu na Folha de São Paulo, quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Mônica Bergamo


 
CELSO DE MELLO: NUNCA A MÍDIA FOI TÃO OSTENSIVA PARA SUBJUGAR UM JUIZ


O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), fez um desabafo no começo da semana a um velho amigo, José Reiner Fernandes, editor do "Jornal Integração", de Tatuí, sua cidade natal. Em pauta, críticas que recebeu antes mesmo de votar a favor dos embargos infringentes, que deram a réus do mensalão chance de novo julgamento em alguns crimes.

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"Há alguns que ainda insistem em dizer que não fui exposto a uma brutal pressão midiática. Basta ler, no entanto, os artigos e editoriais publicados em diversos meios de comunicação social (os mass media') para se concluir diversamente! É de registrar-se que essa pressão, além de inadequada e insólita, resultou absolutamente inútil", afirmou ele.

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Mello parece estar com o assunto entalado na garganta. Anteontem, ele respondeu a um telefonema da Folha para confirmar as declarações acima. E falou sobre o tema por quase meia hora.

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"Eu imaginava que isso [pressão da mídia para que votasse contra o pedido dos réus] pudesse ocorrer e não me senti pressionado. Mas foi insólito esse comportamento. Nada impede que você critique ou expresse o seu pensamento. O que não tem sentido é pressionar o juiz."

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"Foi algo incomum", segue. "Eu honestamente, em 45 anos de atuação na área jurídica, como membro do Ministério Público e juiz do STF, nunca presenciei um comportamento tão ostensivo dos meios de comunicação sociais buscando, na verdade, pressionar e virtualmente subjugar a consciência de um juiz."

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"Essa tentativa de subjugação midiática da consciência crítica do juiz mostra-se extremamente grave e por isso mesmo insólita", afirma.

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E traz riscos. "É muito perigoso qualquer ensaio que busque subjugar o magistrado, sob pena de frustração das liberdades fundamentais reconhecidas pela Constituição. É inaceitável, parta de onde partir. Sem magistrados independentes jamais haverá cidadãos livres."

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"A liberdade de crítica da imprensa é sempre legítima. Mas às vezes é veiculada com base em fundamentos irracionais e inconsistentes." Por isso, o juiz não pode se sujeitar a elas. "Abordagens passionais de temas sensíveis descaracterizam a racionalidade inerente ao discurso jurídico. É fundamental que o juiz julgue de modo isento e independente. O que é o direito senão a razão desprovida da paixão?"

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O ministro repete: não está questionando "o direito à livre manifestação de pensamento". "Os meios de comunicação cumprem o seu dever de buscar, veicular informação e opinar sobre os fatos. Exercem legitimamente função que o STF lhes reconhece. E o tribunal tem estado atento a isso. A plena liberdade de expressão é inquestionável." Ele lembra que já julgou, "sem hesitação nem tergiversação", centenas de casos que envolviam o direito de jornalistas manifestarem suas críticas. "Minhas decisões falam por si."

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Celso de Mello lembra que a influência da mídia em julgamentos de processos penais, "com possível ofensa ao direito do réu a um julgamento justo", não é um tema inédito. "É uma discussão que tem merecido atenção e reflexão no âmbito acadêmico e no plano do direito brasileiro." Citando quase uma dezena de autores, ele afirma que é preciso conciliar "essas grandes liberdades fundamentais", ou seja, o direito à informação e o direito a um julgamento isento.

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O juiz, afirma ele, "não é um ser isolado do mundo. Ele vive e sente as pulsões da sociedade. Ele tem a capacidade de ouvir. Mas precisa ser racional e não pode ser constrangido a se submeter a opiniões externas."

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Apesar de toda a pressão que diz ter identificado, Celso de Mello afirma que o STF julgou o mensalão "de maneira independente". E que se sentiu "absolutamente livre para formular o meu juízo". No julgamento, ele quase sempre impôs penas duras à maioria dos réus.

"Em 45 anos de atuação na área jurídica, nunca presenciei um comportamento tão ostensivo dos meios de comunicação buscando subjugar um juiz"

"Abordagens passionais descaracterizam a racionalidade inerente ao discurso jurídico. É fundamental que o juiz julgue de modo independente"