sábado, 24 de agosto de 2019

ATENÇÃO: O B R A S I L V O L T O U A S E R C O L Ô N I A ! FOMOS ANEXADO PELO “DEEP STATE”!





Embora poucas pessoas tenham percebido, estamos vivenciando a TERCEIRA GUERRA MUNDIAL. Talvez mais cruel que as duas primeiras. Não tomei chá de cogumelo, nem estou vendo ETs! Eu explico. Mas antes precisamos entender dois conceitos: “Guerra híbrida” e “Deep State”.
Guerra híbrida é uma estratégia militar em que se usam várias táticas de guerras, que além dos métodos convencionais, se utiliza outras táticas como guerra política, guerra econômica, guerra ideológica, ciberguerra, etc. Entram aqui novas formas de batalhas como “fake news” (notícias falsas), “lawfare” (uso da justiça para fins políticos), influência externas em processos eleitorais. Este é o conceito defendido por muitos especialistas e divulgado por de Andrew Kobybko (jornalista do Sputnik News e Analista político). Portanto não foi idealizado por nenhum brasileiro.
Deep State é um termo utilizado, inicialmente nos Estados Unidos e hoje em todo o mundo, para designar a existência de um conluio no sistema político americano e que constitui uma forma de governo oculta paralelamente ao governo eleito. O Deep State é formado, sobretudo, por grandes grupos financeiros e industriais. Ou seja, a governança americana é altamente corrompida!
            Após a falência da União Soviética, o mundo, que era bipolarizado, passou a ter a total hegemonia dos Estados Unidos. Isto durou quase vinte anos. Com o fortalecimente da Comunidade Econômica Europeia, o crescimento acelerado da China e a crise de 2008, os Estados Unidos foram perdendo o protagonismo no mundo. Os americanos estão, aos poucos, perdendo a supremacia econômica e tecnológica no mundo. A multipolaridade está já é uma realidade. A Comunidade Europeia tem um PIB maior que a dos Estados Unidos. A China está chegando lá. A Rússia, que belicamente, é o unico país que pode fazer frente aos Ianques, já se alia à China. O Brasil, a maior economia do Hemisfério Sul, com fronteiras terrestres com quase todos os países da Améica do Sul e marítima com a África Ocidental, tem tudo para ser um destes polos irradiadores.
            Os americamos praticam guerra híbrida com todos os países do mundo que ousam desafiar sua hegemonia. A saída da Granbretanha da Comidade Econômica Europeia, através de um plebiscito, foi fruto de guerra híbrida.
            Não vou entrar em detalhes como o Brasil perdeu a guerra híbrida e se tornou colônia do Deep State. Basta estudar a história do Brasil nos últimos dez anos. Líderes políticos, principalmente do PSDB, ligados ao expresidente FHC, como José Serra, Geraldo Alkmin, e até, por motivos mais pessoais que ideológicos, Aécio Neves, foram valorizados, e, talvez, até financiados pelo Deep State para entregar nossas riquezas e nos tornarmos uma nação satélites do grande país do Norte. O Departamento de Estado amerciano treinou policiais juízes promotores brasileiro com o objetivo de tranformar nossa justiça em uma justiça política. Os seviços de espionagens americanos obtiveram dados detalhados de autoridades brasileira, em particular desembargadores e ministros das altas cortes do nosso país. Daí fazer chantagens foi um pulinho. Através de tecnica de lawfare, tiraram Dilma Roussef da Presidência da República e prenderam o expresidente Lula. Posteriormente com a utilização de fake news elegeram Bolsonaro presidente da república. Nosso presidente pouco representa para o Deep State. O importante é o trabalho desenvolvido pelo Paulo Guedes de entrega da nossa soberania. Este também não é insubstituível.
           O próprio Deep State se encarregará de lançar Sérgio Moro, Jaír Bolsonaro e Paulo Guedes no lixo da história!

domingo, 18 de agosto de 2019

O BRASIL PRECISA MESMO DESMATAR A AMAZÔNIA PARA AUMENTAR A PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA?


Distribuição das áreas do Brasil em 2018.






            Eu poderia aproveitar que sou Engenheiro Agrônomo e trazer um monte de informações e conjecturas que seria de difícil entendimento para a maioria das pessoas. Mesmo para aquelas pessoas que tem conhecimento para acompanhar o raciocínio não seria muito ilustrativo. Para responder esta questão nada melhor que pegar alguns poucos dados do IBGE, condensado no gráfico-pizza acima e dar asas à imaginação.

            Afinal precisamos desmatar para aumentar nossa produção agropecuária? Será que não bastaria aumentar a produtividade agrícola e colocar mais gado no pasto? Quando nos informamos pelos órgãos convencionais de mídia percebemos uma guerra de informações. Pois bem!... Acompanhem meu raciocínio.

            Primeiramente acho que seria oportuno informar que a unidade internacional de medida de área para atividade agropecuária é o hectare (símbolo ha - unidade agrícola equivalente a 10.000 m² ou 0,01 km²). O Brasil, como nós aprendemos na escola, tem 8.513.000 km². Ou seja, mais de 850 milhões de hectares.

            Para facilitar os cálculos vamos supor que toda a área plantada no país fosse apenas milho e soja, nossos principais produtos de exportação. O milho tem potencial de produzir acima de dez mil quilogramas por hectares. A soja pode produzir mais de cinco mil quilos em área igual. Mas vamos considerar uma produtividade de 6.000 kg/ha para o milho e 3.500 kg/ha para a soja. Devido ao clima tropical é possível a produção de duas safras por ano. Isto significa que temos um potencial de produzir 9.500 kg/ha ao ano.

Acompanhe comigo! Na pizza acima observamos que 8,31% de toda área do nosso país são utilizadas para atividades agrícolas. Fazendo-se os cálculos encontramos 70.400.000 ha. Multiplicando por 9,5 toneladas chegamos 670 milhões de toneladas de grãos! Estima-se que o Brasil vá produzir 235 milhões de toneladas de grãos de 2019. É evidente que produzimos frutas, hortaliças, algodão, café e outros produtos, mas pode-se dizer que podemos pelo menos dobrar nossa produção agrícola sem derrubar uma só árvore.

            Agora vamos á pecuária. Precisamos produzir também mais carne para exportar, pois commodities é nossa principal pauta de exportação.

            Estima-se que Brasil possua 171 milhões de cabeças de gado, segundo Censo Agropecuário 2017 (IBGE). Estão espalhados em 17,7 % do território nacional ou pouco mais de cento e cinquenta milhões de hectares. Mesmo deixando o gado exclusivamente no pasto, sendo este bem formado, com sais minerais e uma boa fonte de água, podemos através de uma técnica chamada “pastejo rotacionado”, colocar três ou mais cabeças de gado por hectare.

            Pastejo rotacionado é uma técnica simples. Divida o pasto, por exemplo, em dez partes e cerque com arame liso (ou farpado). Cada parte se denomina “piquete”. Deixar o gado pastar em um piquete por três dias, depois passar para outro piquete. E assim por diante. Depois de um mês o gado volta ao primeiro piquete. Deste modo o gado pasta intensivamente uma área, que depois tem vinte e sete dias para se recuperar.

            Se, temos hoje em dia um rebanho de 170 milhões de cabeça de gado, podemos através de uma técnica simples ter a capacidade de suporte de 450 milhões de cabeças! Isto sem derrubar uma só árvore!

            É claro que quando generalizamos muito a margem de erro aumenta muito, mas por mais discrepante que seja os números com a realidade, podemos observar que ainda há uma grande margem de incremento na produtividade na atividade agropecuária, antes de pensarmos em desmatar a Amazônia.





Observação:

            Para ficar completo seria necessário fazer um estudo se há realmente necessidade de atividades madeireira na Amazônia. Até que ponto as áreas sob cultivo de eucalipto são insuficientes para produção de celulose para papel e carvão para siderurgia. Seria possível um aumento do uso de gás de petróleo em siderúrgicas em substituição ao carvão vegetal? Será que ainda é necessária a derrubada de grandes árvores para produção de móveis? Atualmente são raros os móveis de madeira maciça. Uma essência florestal cultivada pode ter seu tronco laminada em uma superfície bem maior que uma tábua oriunda de uma árvore milenar.

sábado, 17 de agosto de 2019

DESMATAR A AMAZÔNIA NÃO FAZ SENTIDO




         Eu poderia escrever sobre este tema como leigo. Um cidadão comum indignado com a eliminação de nossas florestas. Com medo do tão propalado aquecimento global. Mas não. Coloco aqui meu curso de agronomia, com mestrado em Solos e doutorado em melhoramento genético. Não posso me dar ao luxo de escrever um monte de besteiras baseadas no "achismo".

         Primeira coisa que eu tenho a dizer, é que a maioria dos solos da Amazônia são paupérrimos em nutrientes. A exuberância se deve principalmente devido à abundância de água, alta irradiação solar e a quantidade certa de CO2 na atmosfera. O solo é até um fator limitante para o desenvolvimento.

         Qual o segredo que a floresta possui para contornar o problema da falta de nutrientes? Muito simples! A Amazônia (e a Mata Atlântica também) tem muito a nos ensinar sobre economia. As árvores não desperdiçam recursos naturais e nem sujam o meio em que vivem como nós, humanos, costumamos fazer com o nosso lixo. A floresta simplesmente recicla seus nutrientes. As folhas que caem, as árvores que morrem e tudo voltam ao solo e é reaproveitado mais tarde. Tudo com ajuda de pequenos animais, fungos e micro-organismos.

         Agora raciocinem comigo. Cortam-se árvores. Transformam-se em madeira. Exportam para o sul do país. Depois se ateia fogo. O fogo mata os micro-organismos e modifica as estruturas químicas e físicas do solo. Depois se abandona a área. Você acredita que no local vai crescer ali uma floresta exuberante de novo?

         Dane-se a floresta! A Amazônia está muito longe do Sudeste e Sul Brasileiro!

         O curso de agronomia dá uma noção elementar sobre meteorologia e climatologia. Aquela matéria que a gente acha que nunca vai precisar para exercer a profissão. Pois é... Pegue um atlas. Abra em um mapa-múndi onde mostra todas as regiões climáticas da terra. Observe que os trópicos de Capricórnio e de Câncer cortam regiões desérticas ou muita áridas. Menos em um lugar. O interior de São Paulo, Minas Gerais e Paraná deveriam ser desertos. Por que não é?

         Acontece que, ao contrário dos nutrientes do solo, as árvores amazônicas não economizam água. Como têm muita água na Amazônia, as árvores bebem muita água! O clima é equatorial. Muito quente! As árvores transpiram! Transpiram muito. Milhões e milhões de toneladas de água entram na atmosfera através do “suor” das árvores da Amazônia. Uma parte volta em forma de chuva. Outra parte, bem... Quando a terra gira em torno do seu eixo, a atmosfera, por ser gasosa, resiste um pouco. Forma-se um vento em direção ao oeste onde encontra com a Cordilheira dos Andes. Forma-se uma barreira. O vento se desloca para o sul. Quando chega ao sudeste brasileiro, a água transportada pelo vento se condensa e se precipita em forma de chuva. Desta forma se acabarmos com a Amazônia, provavelmente, vamos transformar o Sul e Sudeste brasileiro em um imenso deserto.


quarta-feira, 14 de agosto de 2019

GEOPOLÍTICA AOS MEUS OLHOS – III: COMO O BRASIL SE CAPITULOU AOS ESTADOS UNIDOS.




            Imagine um grande jogo de “War”, aquele mesmo joguinho de tabuleiro e peõezinhos que os adolescentes costumam consumir noites. Imagine uma dezena de equipes de jogadores, todas disputando o domínio do mundo. Equipes que não têm nomes, não representam nenhum território específico, mas cada uma das equipes têm seus objetivos estratégicos. Pois é!... Este é o planeta Terra.

Este jogo é assistido e vivido por mais de sete bilhões de espectadores. E assim como em qualquer evento esportivo, existem narradores e comentaristas. Nem sempre com muito critério. Estas são as mídias. Mas há aqueles que são mais exigentes, e querem ter uma visão mais próxima da realidade. Quem ganha e quem perdem, neste tabuleiro? Quem comenta são os cientistas política e suas análises se denominam geopolíticas. A análise de onde e para onde o mundo caminha é necessário uma abstração impossível de se reproduzir nos melhores cérebros do mundo. Nem existem sistemas computacionais para isto. Mas é possível colocar algumas premissas,e inferir algumas tendências.

           

COMO ESTÁ O BRASIL ANTUALMENTE

            O Brasil não é um país qualquer. Se é que existem algumas características definem a pujança de um país, eu colocaria população, território e PIB, como as principais características ao lado do IDH. Se formos ranquear a os dez maiores países em relação às três primeiras características, selecionaríamos apenas três. Estados Unidos, China e Brasil. Somos o quinto maior território, a quinta maior população e a nona economia do mundo. (Quando incluímos os dez maiores IDH como quarta característica, nenhum destes países seriam selecionado). Quando se aumenta a amplitude para quinze países, inclui-se a Rússia e a Índia. Verifica-se, deste modo, a importância dos BRICS. Um cartel composto por Brasil, Rússia, Índia e China é um forte contraponto à supremacia estadunidense no mundo.

            Um dos grandes pecados do Brasil é não se preocupar com sua segurança. Um país tão importante não deveria ser tão vulnerável. Sempre nos contentamos com a liderança da América Latina, sem maiores aspirações.  Por outro lado o Atlântico Sul não representa nenhuma forma de ameaça à nossa soberania. Não falo aqui somente do nosso potencial bélico, mas, o que é mais grave, o Brasil é um livro aberto para espionagem internacional. Não só em relação à informação, mas em relação às sabotagens interna. Quase tudo que vem acontecendo na política nos últimos dez anos na política nacional tem o dedo de potências internacionais, em particular dos Estados Unidos. Desde o Impeachment sem crime de responsabilidade da Dilma Rousseff, até a eleição de um presidente alinhado com seus interesses foi meticulosamente planejados pela CIA e pelo capital financeiro norte-americano. Para dizer de forma clara e sucinta o nosso país de capitulou integramente aos interesses estadunidenses.

            Como é do conhecimento de todos nós, a China vem ameaçando a hegemonia dos Estados Unidos no mundo. A China aliada com a Rússia somada com as suas áreas de influência, equivale à economia Norte-americana.  Os países da Comunidade Europeia somados têm uma economia bem maior que os Estados Unidos. Porém, apenas dois fatores dão aos Estados Unidos o domínio sobre nosso planeta. O potencial bélico e o Dólar como meio de troca internacional. Com relação à moeda, a Europa já tem uma moeda única, o Euro. Russos e Chineses planejam lançar uma moeda conversível. Na tecnologia de armamentos convencionais, os Russos não ficam para trás. Nada impede de a Europa, até por questões pragmáticas, venha a fazer alianças mais robustas com a China e Rússia em detrimento dos interesses Norte-Americanos.

            Durante a década passada até metade desta, o Brasil procurou andar com as próprias pernas, levou consigo a Argentina e a maioria dos países da América do Sul. Chegou à sexta economia do mundo! Os serviços de inteligência estadunidense trataram de sabotar o Brasil, derrubando governo, destruindo grandes empresas de engenharias, construções navais, além de levar uma das prósperas companhias de petróleo, como a Petrobrás, a um colapso.

            Os americanos conseguiram resgatar o Brasil e a América Latina. Mas e agora o que fazer com seu quintal reconquistado? Nos Estados Unidos existem duas alas. Para facilitar darei nomes, que na realidade não lideram os seus grupos. A primeira é a do Trump, que quer a total submissão do Brasil e de nossos vizinhos a seus interesses. Quer para si todos os nossos recursos naturais para ser explorado ao bel prazer. Semelhante ao sistema colonial que vigorou no mundo até a década de setenta. O segundo é o grupo do Clinton, que quer a nossa economia atrelada a deles, mas sem essa de terra arrasada. Eles precisam do nosso mercado. Por outro lado é muito perigoso transformar países com duzentos anos de independência política, em um grupo de colônia do tipo que tivemos na África até meado do século passado. Clinton e sua turma querem países submissos aos interesses estadunidenses, mas não querem economias fracas. Um quintal improdutivo não fortalece a economia, o bom é fazer uma horta e criar galinhas! Para o grupo do Clinton pode ser até interessante acontecimento como a derrota do Macri na Argentina, ou a desmoralização da Lava Jato, pelo americano Glemm Grenwald. Até mesmo Lula Livre, se este não passar dos limites. Isso só eles e a CIA sabem.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

CHEGA DE LUTO E VAMOS A LUTA! AINDA NÃO MATARAM O BRASIL




         Muita gente anda pessimista, chorando pelos cantos, em luto pela morte do nosso país, como nação. ESTÃO MATANDO O BRASIL! Nossa soberania está sendo doada uma potência estrangeira!
             O desenvolvimento de país vinha se tornando uma pedra no sapato para alguns segmentos que dominam a geopolítica mundial (Estou devendo o capítulo III sobre a geopolítica mundial, quando falarei do Brasil). Bolsonaro, a mando de setores mais reacionários da oligarquia financeira internacional. Vem promovendo uma política de terra arrasada, tanto no campo social, econômico e ambiental. A ideia é de não haver país algum! Isto porque, ao contrário da maioria da população, eles sabem no nosso potencial.


               Mas vale a pena lutar. Se conseguirmos reunir as forças progressistas deste país nos próximos três anos poderemos impingir uma derrota clamorosa aos vendilhões da pátria e tomaremos as rédeas do nosso destino em nossas mãos. Mas... depois da “terra arrasada”, o que poderemos fazer.

            O que se pode fazer a curtíssimo prazo? Resistir à agenda neoliberal do atual governo. Devemos estar em estada de manifestação permanente. Denunciar diuturnamente os crimes de lesa pátria perpetrados por esta corja que assaltou o poder. A Petrobrás é nossa! Temos que denunciar a venda do pré-sal, das refinarias, dos gasodutos, da BR distribuidora. Não podemos deixar eles se desfazerem de nosso parque de geração de eletricidade. Não podemos permitir o sucateamento e a posterior privatização das nossas universidades. Entregar a Amazônia, destruir nossas reservas ambientais, exaurir nossos recursos minerais em benefício de potências estrangeiras. São tantas as maldades, que nem o próprio Diabo o quer no Inferno, para não haver concorrência!

            Bom! O que fazer agora? Ajudar a organizar, ou pelo menos engrossar as fileiras nos movimentos contra a reforma da previdência e pela universidade gratuita e de excelência. Devemos tomar uma posição favorável ao impedimento do presidente Jair Bolsonaro. Esta é uma situação real em que um presidente da república deve sofrer um processo de impeachment. No caso de Fernando Collor de Mello o crime de responsabilidade não foi tão obvio. Dilma Rousseff foi deposta sem cometer nenhum crime de responsabilidade. Já, agora, no caso Jair Bolsonaro, os crimes de responsabilidades são flagrantes: racismo, difamação, todo tipo de falta de decoro, como veiculação de vídeos pornográficos, incitação à violência, e tantos outros!
            Para aqueles que dizem que o impedimento do Bolsonaro serve mais àqueles que querem aprofundar a agenda de destruição do país do que ao povo brasileiro porque o Mourão faz parte do grupo, acho que não é bem assim. Bolsonaro pode perder o mandato por um golpe das elites porque as loucuras do presidente estão atrapalhando a destruição do Brasil. Mas se o povo for levado às ruas, levado pelas mãos das forças progressistas, para pedir o impeachment de Bolsonaro, uma nova proposta será levada ao povo no bojo dos movimentos. As dificuldades de Mourão para conduzir a agenda serão bem maiores.
            A campanha do impeachment servirá, também, como uma pré-campanha eleitoral para prefeitos e vereadores no ano que vem. Uma grande vitória das forças progressistas contra as forças imperialistas que estão subjugando nosso país. Nenhum político vive sem a municipalidade. O congresso terá dificuldade de aprovar os muitos pontos do entreguismo nacional.
     Os danos provocados pelo “golpe do impeachment” contra a presidenta Dilma, em 2016, são muito grandes e vai continuar até 2023, o que podemos fazer é mitigar. Porém para as próximas eleições presidenciais e para governadores não podemos perder. E o dia de começarmos fazer campanha de esclarecimento popular foi ontem. É preciso fazer uma grande frente, com um discurso único, para fazer frente ao aparelhamento dos usurpadores do poder. Mobilização permanente. Sempre esclarecer e denunciar o que está havendo no país! Se hoje nossas opiniões parecem esdrúxulas, amanhã será como uma cantiga de grilo.
            Pensando em médio prazo. Se elegermos um bom presidente, uma câmara de maioria progressista (além de uma maioria dos governadores, com suas respectivas assembleias legislativas) será possível não só reverter a atual situação, mas trilharmos um caminho de prosperidade nunca visto. Neste caso trago algumas propostas para reflexão.
            No campo político é indispensável formar uma assembleia nacional constituinte. Com deputados eleitos unicamente para este fim, inelegíveis por quatro anos após a promulgação da nova carta. O congresso poderá revogar muitas das “maldades” do atual governo, estabelecendo uma legislação trabalhista mais justa e a volta de um regime de previdência solidário.
            Porém é na área econômica que o bicho pega! O que foi vendido, quer dizer, doado, dificilmente terá retorno fácil pela via parlamentar. Para voltar a reestatizar setores estratégicos é preciso recuperar a economia do país. Tenho algumas sugestões.
            O setor bancário é a que tem maiores lucro no Brasil há décadas. A especulação financeira é muito rentável no país. Isto acontece porque os bancos pegam os recursos que dispõe (que não foram emprestados para os setores produtivos) depositam no Banco Central. A taxa de juros no país é uma das mais altas do mundo, portanto este dinheiro é bem remunerado. Os empresários do setor produtivo, em particular do setor da indústria, deixaram de pedir empréstimos aos bancos para expandir a produção e passaram a investir no capital financeiro. O setor agropecuário recebe créditos com algum subsidio, ou seja, juros mais baixos. O setor de commodities agradece!  A economia beira a estagnação.
Diante destes fatores, se eu fosse o ministro da economia tomaria as seguintes medidas:
Baixaria a “taxa SELIC” à zero! Ou pelo menos a um valor bem baixo. Não levaria o setor financeiro à falência? Os bancos tem bastante gordura e poderiam (e é esta a ideia) emprestar dinheiro ao setor produtivo.
Obrigaria os bancos a depositar de 70% a 90% no Banco Central, para evitar expansão monetária e, portanto, inflação. Faria um decreto ou projeto de lei, vinculando a máxima taxa de juros aplicada pelos bancos à taxa SELIC. Acima deste valor seria considerado crime de usura. Exemplo: para empréstimos a taxa de juros não poderia exceder oito vezes a taxa SELIC. Para cartões de crédito e limite de cheque especial, dez vezes.
Emitiria dinheiros (Reais) ao longo de algum tempo para pagar as dívidas com os bancos. Isto não causaria inflação? Não. Não porque a ideia não é só diminuir o déficit público e sim capitalizar os bancos para promover empréstimos ao capital produtivo. Com a diminuição da dívida interna, será possível dar incentivo às empresas que fornecem para o mercado interno. Desta forma aumenta-se o consumo dos brasileiros.
Outra ideia seria trocar o padrão Dólar ou ouro, por um pool de commodities: O valor do Real seria determinado por uma média ponderada em equivalência de produtos como milho, soja, carne bovina, petróleo e minério de ferro, por exemplo. Isto se chama “equivalência de produtos”. A coisa não seria aplicada automaticamente. Um “amortecimento sazonal” seria necessário para evitar grandes variações. Se outros países exportadores de commodities vierem a seguir nosso exemplo, os países mais pobres do mundo tenderão a se fortalecer.
Tenho mais a propor, mas vou parar por aqui, pois o artigo está ficando muito extenso. Se continuar vou acabar fazendo a revolução.