sábado, 23 de novembro de 2019

FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO



O fundamentalismo religioso se baseia não no amor a um Deus, criador de todas as coisas, mas pela idolatria, mas na adoração a uma imagem subjetiva que se tem deste Deus criador de todas as coisas.
Um ateu nega a existência de Deus, portanto não tem o menor interesse de entender a essência de Deus. Uma pessoa religiosa enxerga Deus “pelo lado de dentro”, o que proporciona uma incapacidade de ter uma visão critica de Deus como um todo. Não tem a capacidade de comparar um mundo com Deus e um mundo sem Deus. Um agnóstico não consegue ver “por dentro”, porém tem o privilégio de vê-Lo “por fora”. 
Por definição, ídolo é um "reflexo" de uma divindade que se adora fosse a verdadeira divindade. O que nos ensina as camadas “Escrituras Sagradas” é que Deus só nos revela sobre Ele aquilo que nos é conveniente ser revelado. Também nestas mesmas fontes literária aprendemos que não devemos adorar ídolos. Ora! A bíblia, o torá, o novo testamento e o corão, não são tratados de matemática e lógica. São livros que contam histórias de povos e suas relações com Deus. Contam histórias de profetas e messias (no caso dos cristãos) e seus ensinamentos.
Não me parece coerente a adoração do “personagem Deus”, entre os fundamentalista mulçumanos, nem o “personagem Jesus”, entre os cristãos. Temos que amar como Deus e/ou Jesus Cristo nos ensinou. E o que a bíblia nos ensina? A famosa frase de Jesus Cristo que diz que “devemos amar a Deus sobre todas as coisas e ao Próximo como a nós mesmo” é uma síntese dos dez mandamentos enviados por Deus a Moisés, que se incumbiu de levar ao povo hebreu. 
É impossível definir um substantivo abstrato, pois cada pessoa concebe de sua maneira. Porém, conceitualmente, o amor é um vínculo afetivo imenso, tão profundo, que, quem ama, é capaz de doar a si próprio em sacrifício. O amor é um sentimento, portanto abstrato, porém o objeto do amor deve ser concreto. Senão seria paixão, veneração ou mesmo idolatria.
Que sacrifício Deus quer de seus seguidores? Aqueles que o amam? Para os maometanos, viver uma vida semelhante ao profeta Maomé (Muhamed). Seguir seus ensinamentos. Aprender as lições de Moisés e Jesus Cristo (sim! Maomé considerava Jesus um grande profeta!). E um cristão? Jesus se sacrificou para nos ensinar o caminho da salvação. É esta a boa novidade disseminada pelos seus discípulos. Foi esta a novidade que Paulo pregou: Devemos viver como Cristo! Devemos viver em comunhão e solidariedade um com os outros. Devemos amar o próximo. Devemos ler e meditar sobre o “Sermão da Montanha”. A bem-aventurança, onde Jesus, de forma inspirada, nos ensina o caminho para a salvação.
Consta que Jesus usou um “chicote” para expulsar os “vendilhões do templo”, porém sem agredir ninguém. Isto não justifica afirmar que “Jesus andava armado”. Trata-se mais de uma alegoria para ensinar que princípios não se negociam (ou se vende) e devem ser tratados com rigidez. Armas são instrumentos de ódio e, fundamentalmente, Deus é amor.

sábado, 9 de novembro de 2019

FESTEJAR SIM, MAS... TEMOS MUITO QUE CUMPRIR!

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     Tive a honra de conhecer a cidade russa de Vogogrado, onde ocorreu uma das mais sangrentas batalhas da Segunda Guerra Mundial. A Batalha de Stalingrado. Estive acompanhado de um historiador russo que participou como aviador, das sangrentas lutas que levou Hitler a sofrer sua primeira grande derrota. Lembrava ele que não foi nesta batalha que a União Soviética e seus aliados venceram a guerra, pois milhões de vidas foram ceifadas até a vitória final, mas que, seguramente, começou aí a grande vitória sobre as forças fascistas.

     Podemos comemorar o voto de minerva do presidente do STF, Dias Toffoli, em sete de novembro, no mesmo dia em que se comemoravam os cento e dois anos da Revolução Russa. Podemos comemorar a saída de Lula da prisão nesta sexta-feira. Podemos cantar, dançar e gritar “Lula Livre”! Poderia até afirmar que foi “um ponto de inflexão” no golpe que começou com a deposição da presidenta Dilma Rousseff, e culminou na prisão de Lula e eleição de Bolsonaro. Mas esta mudança de tendência só pode ser validada através do cumprimento de uma longa agenda de lutas. Primeiramente é preciso declarar a nulidade dos processos contra o Presidente Lula. Existem inúmeros motivos para anular o processo, desde o juízo natural até a suspeição do juiz.

       Precisamos, com urgência, com este novo reforço em nossas fileiras, mitigar o mal que a política econômica de Guedes vem causando ao país. Cessar com toda e qualquer tentativa de tirar novos direitos trabalhistas. Interromper o processo de entrega de nossas estatais. Impedir que mais petróleo brasileiro seja doado para as grandes petroleiras.

         No campo político, precisamos de uma mobilização capaz de eleger os prefeitos comprometidos com as causas populares em quase todas as capitais do país. Em particular do Sul e Sudeste, onde o neofascismo tem suas bases. É evidente que o número de vereadores é importante para dar sustentação às administrações. Vencer em grandes cidades do interior também é importante. Através de um municipalismo forte será possível travar a agenda neoliberal de Paulo Guedes. Até aqui as batalhas ainda estão sendo travadas em nosso próprio território.

    É bom lembrar que o Brasil não esta sendo governados por simples neoliberais. Quem governa o país está entregando nossa soberania a nações estrangeiras. Ao que tudo indica, só será possível expulsar os traidores da pátria através de eleições democráticas para o congresso federal e presidente da República. Então sim! Sairemos de nossas fronteiras e passaremos a lutar em solo inimigo.

       Sempre mirando no horizonte, naquele mesmo ponto onde nasce irradiante a utopia, nosso objetivo estratégico, nosso programa máximo: Um Brasil como uma potencia socialista, irmanado e solidário com toda a América Latina.