sexta-feira, 2 de agosto de 2019

CHEGA DE LUTO E VAMOS A LUTA! AINDA NÃO MATARAM O BRASIL




         Muita gente anda pessimista, chorando pelos cantos, em luto pela morte do nosso país, como nação. ESTÃO MATANDO O BRASIL! Nossa soberania está sendo doada uma potência estrangeira!
             O desenvolvimento de país vinha se tornando uma pedra no sapato para alguns segmentos que dominam a geopolítica mundial (Estou devendo o capítulo III sobre a geopolítica mundial, quando falarei do Brasil). Bolsonaro, a mando de setores mais reacionários da oligarquia financeira internacional. Vem promovendo uma política de terra arrasada, tanto no campo social, econômico e ambiental. A ideia é de não haver país algum! Isto porque, ao contrário da maioria da população, eles sabem no nosso potencial.


               Mas vale a pena lutar. Se conseguirmos reunir as forças progressistas deste país nos próximos três anos poderemos impingir uma derrota clamorosa aos vendilhões da pátria e tomaremos as rédeas do nosso destino em nossas mãos. Mas... depois da “terra arrasada”, o que poderemos fazer.

            O que se pode fazer a curtíssimo prazo? Resistir à agenda neoliberal do atual governo. Devemos estar em estada de manifestação permanente. Denunciar diuturnamente os crimes de lesa pátria perpetrados por esta corja que assaltou o poder. A Petrobrás é nossa! Temos que denunciar a venda do pré-sal, das refinarias, dos gasodutos, da BR distribuidora. Não podemos deixar eles se desfazerem de nosso parque de geração de eletricidade. Não podemos permitir o sucateamento e a posterior privatização das nossas universidades. Entregar a Amazônia, destruir nossas reservas ambientais, exaurir nossos recursos minerais em benefício de potências estrangeiras. São tantas as maldades, que nem o próprio Diabo o quer no Inferno, para não haver concorrência!

            Bom! O que fazer agora? Ajudar a organizar, ou pelo menos engrossar as fileiras nos movimentos contra a reforma da previdência e pela universidade gratuita e de excelência. Devemos tomar uma posição favorável ao impedimento do presidente Jair Bolsonaro. Esta é uma situação real em que um presidente da república deve sofrer um processo de impeachment. No caso de Fernando Collor de Mello o crime de responsabilidade não foi tão obvio. Dilma Rousseff foi deposta sem cometer nenhum crime de responsabilidade. Já, agora, no caso Jair Bolsonaro, os crimes de responsabilidades são flagrantes: racismo, difamação, todo tipo de falta de decoro, como veiculação de vídeos pornográficos, incitação à violência, e tantos outros!
            Para aqueles que dizem que o impedimento do Bolsonaro serve mais àqueles que querem aprofundar a agenda de destruição do país do que ao povo brasileiro porque o Mourão faz parte do grupo, acho que não é bem assim. Bolsonaro pode perder o mandato por um golpe das elites porque as loucuras do presidente estão atrapalhando a destruição do Brasil. Mas se o povo for levado às ruas, levado pelas mãos das forças progressistas, para pedir o impeachment de Bolsonaro, uma nova proposta será levada ao povo no bojo dos movimentos. As dificuldades de Mourão para conduzir a agenda serão bem maiores.
            A campanha do impeachment servirá, também, como uma pré-campanha eleitoral para prefeitos e vereadores no ano que vem. Uma grande vitória das forças progressistas contra as forças imperialistas que estão subjugando nosso país. Nenhum político vive sem a municipalidade. O congresso terá dificuldade de aprovar os muitos pontos do entreguismo nacional.
     Os danos provocados pelo “golpe do impeachment” contra a presidenta Dilma, em 2016, são muito grandes e vai continuar até 2023, o que podemos fazer é mitigar. Porém para as próximas eleições presidenciais e para governadores não podemos perder. E o dia de começarmos fazer campanha de esclarecimento popular foi ontem. É preciso fazer uma grande frente, com um discurso único, para fazer frente ao aparelhamento dos usurpadores do poder. Mobilização permanente. Sempre esclarecer e denunciar o que está havendo no país! Se hoje nossas opiniões parecem esdrúxulas, amanhã será como uma cantiga de grilo.
            Pensando em médio prazo. Se elegermos um bom presidente, uma câmara de maioria progressista (além de uma maioria dos governadores, com suas respectivas assembleias legislativas) será possível não só reverter a atual situação, mas trilharmos um caminho de prosperidade nunca visto. Neste caso trago algumas propostas para reflexão.
            No campo político é indispensável formar uma assembleia nacional constituinte. Com deputados eleitos unicamente para este fim, inelegíveis por quatro anos após a promulgação da nova carta. O congresso poderá revogar muitas das “maldades” do atual governo, estabelecendo uma legislação trabalhista mais justa e a volta de um regime de previdência solidário.
            Porém é na área econômica que o bicho pega! O que foi vendido, quer dizer, doado, dificilmente terá retorno fácil pela via parlamentar. Para voltar a reestatizar setores estratégicos é preciso recuperar a economia do país. Tenho algumas sugestões.
            O setor bancário é a que tem maiores lucro no Brasil há décadas. A especulação financeira é muito rentável no país. Isto acontece porque os bancos pegam os recursos que dispõe (que não foram emprestados para os setores produtivos) depositam no Banco Central. A taxa de juros no país é uma das mais altas do mundo, portanto este dinheiro é bem remunerado. Os empresários do setor produtivo, em particular do setor da indústria, deixaram de pedir empréstimos aos bancos para expandir a produção e passaram a investir no capital financeiro. O setor agropecuário recebe créditos com algum subsidio, ou seja, juros mais baixos. O setor de commodities agradece!  A economia beira a estagnação.
Diante destes fatores, se eu fosse o ministro da economia tomaria as seguintes medidas:
Baixaria a “taxa SELIC” à zero! Ou pelo menos a um valor bem baixo. Não levaria o setor financeiro à falência? Os bancos tem bastante gordura e poderiam (e é esta a ideia) emprestar dinheiro ao setor produtivo.
Obrigaria os bancos a depositar de 70% a 90% no Banco Central, para evitar expansão monetária e, portanto, inflação. Faria um decreto ou projeto de lei, vinculando a máxima taxa de juros aplicada pelos bancos à taxa SELIC. Acima deste valor seria considerado crime de usura. Exemplo: para empréstimos a taxa de juros não poderia exceder oito vezes a taxa SELIC. Para cartões de crédito e limite de cheque especial, dez vezes.
Emitiria dinheiros (Reais) ao longo de algum tempo para pagar as dívidas com os bancos. Isto não causaria inflação? Não. Não porque a ideia não é só diminuir o déficit público e sim capitalizar os bancos para promover empréstimos ao capital produtivo. Com a diminuição da dívida interna, será possível dar incentivo às empresas que fornecem para o mercado interno. Desta forma aumenta-se o consumo dos brasileiros.
Outra ideia seria trocar o padrão Dólar ou ouro, por um pool de commodities: O valor do Real seria determinado por uma média ponderada em equivalência de produtos como milho, soja, carne bovina, petróleo e minério de ferro, por exemplo. Isto se chama “equivalência de produtos”. A coisa não seria aplicada automaticamente. Um “amortecimento sazonal” seria necessário para evitar grandes variações. Se outros países exportadores de commodities vierem a seguir nosso exemplo, os países mais pobres do mundo tenderão a se fortalecer.
Tenho mais a propor, mas vou parar por aqui, pois o artigo está ficando muito extenso. Se continuar vou acabar fazendo a revolução.

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