quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

SERIAM OS PALESTINOS OS VERDADEIROS DESCENDENTES DIRETOS DO POVO DE ISRAEL?


          Os judeus são uma etnia ou apenas membros de uma religião? Esta é uma pergunta que povoa a cabeça de bilhões de pessoas por este mundo afora, desde a diáspora no século I. Felizmente, agora no século XXI a ciência já pode responder a esta pergunta. Vários geneticistas vêm se debruçando em pesquisas no sentido de obter respostas. Vale a pena lembrar, entre outros, Doron M. Behar, que tem feito estudos sobre distâncias genéticas entre os judeus de diferentes nacionalidades da Europa e Oriente Médio.

          Estudos genéticos têm realmente apontado para grandes similaridades entre populações judaicas, demonstrado uma origem comum. Dentro do território europeu é bem marcante esta distinção. Sendo possível até distinguir se a origem da composição genética dos judeus asquenazes, sefarditas ou mizrahim.  Por outro lado, estes grupos judaicos também são geneticamente muito próximos a povos levantinos como libaneses, beduínos, drusos e, principalmente, palestinos. 

          Uma hipótese a ser considerada (por mim) é que os palestinos são descendentes de hebreus que permaneceram em suas terras ou que após alguns anos depois da diáspora retornaram às suas terras. Durante dois mil anos vem ocupando esta região. Teve sua religião proibida pelos romanos. Desta forma o monoteísmo foi abandonado por estas populações, se convertendo, posteriormente, ao cristianismo e depois ao islamismo.

          Talvez os palestinos sejam, ao contrário dos modernos judeus, os herdeiros da mais pura linhagem dos antigos povos hebreus e israelitas. 


 

domingo, 26 de novembro de 2023

O FASCISMO É UM SINAL DE FRAQUEZA


 Um estado se caracteriza por um território, um povo, uma ou mais línguas predominantes, um governo, forças armadas, polícia etc. Todo estado se caracteriza por contradições e luta entre as classes sociais. Quando as classes dominantes se impõem com tranquilidade sobre a população oprimida, a democracia é a melhor forma de governo. Um governo que exerce demasiado controle sobre a população é mais caro para se manter e gera muitas revoltas entre os menos favorecidos. Uma administração mais “harmônica” como uma democracia burguesa permite que o sistema flua sem grandes empecilhos. Nestas condições o tamanho do estado pode diminuir, sem problemas. Portanto um enfraquecimento do estado não significa um enfraquecimento do sistema capitalista.

Após a Revolução Francesa e a independência dos Estados Unidos, até a década de vinte do século passado, com a Revolução Bolchevique e a crise de vinte e nove, o liberalismo econômico e suas consequências sociais imperava nas grandes potências mundiais. A partir daí todas as importantes economias do mundo (até Brasil e Argentina) tornaram-se fascistas ou flertavam com o fascismo. O Fascismo influenciou fortemente os governos na França, Inglaterra e Estados Unidos, e por que não dizer: na União Soviética, também!

Após a segunda guerra mundial, o capitalismo, há muito já havia ultrapassados as fronteiras nacionais. Os americanos eram responsáveis por metade do PIB do mundo. A concorrência com o sistema socialista obrigou os países burgueses a concederem mais direitos trabalhistas. O imperialismo econômico causou a perda da relevância dos estados nacionais favorecendo a queda do colonialismo no mundo.

Na década de oitenta a União Soviética e os países do Leste Europeu não suportaram a concorrência do sistema capitalista e faliram já em 1991. É poca já se falava em globalização e neoliberalismo. O neoliberalismo floresceu de forma viçosa por vinte anos, até que em 2008 recebeu um baque. A crise foi tão forte que até agora não houve recuperação. A China passou a deter o maior PIB por paridade do poder de compra.

A crise de 2008 trouxe para o sistema capitalista uma nova onda de fascismo no mundo. Um sinal claro que o capitalismo está claudicando novamente. Hoje além dos problemas econômicos e sociais que levou à primeira onde do fascismo, atualmente se soma a questão ambiental.

O mundo está em transição. Uma nova ordem está preste a surgir. O capitalismo vai se reinventar? Haverá uma onde revolucionária a nível global? A humanidade encontrará seu fim e ficará a beira da extinção? Quem viver verá!...

Um estado se caracteriza por um território, um povo, uma ou mais línguas predominantes, um governo, forças armadas, polícia etc. Todo estado se caracteriza por contradições e luta entre as classes sociais. Quando as classes dominantes se impõem com tranquilidade sobre a população oprimida, a democracia é a melhor forma de governo. Um governo que exerce demasiado controle sobre a população é mais caro para se manter e gera muitas revoltas entre os menos favorecidos. Uma administração mais “harmônica” como uma democracia burguesa permite que o sistema flua sem grandes empecilhos. Nestas condições o tamanho do estado pode diminuir, sem problemas. Portanto um enfraquecimento do estado não significa um enfraquecimento do sistema capitalista.

Após a Revolução Francesa e a independência dos Estados Unidos, até a década de vinte do século passado, com a Revolução Bolchevique e a crise de vinte e nove, o liberalismo econômico e suas consequências sociais imperava nas grandes potências mundiais. A partir daí todas as importantes economias do mundo (até Brasil e Argentina) tornaram-se fascistas ou flertavam com o fascismo. O Fascismo influenciou fortemente os governos na França, Inglaterra e Estados Unidos, e por que não dizer: na União Soviética, também!

Após a segunda guerra mundial, o capitalismo, há muito já havia ultrapassados as fronteiras nacionais. Os americanos eram responsáveis por metade do PIB do mundo. A concorrência com o sistema socialista obrigou os países burgueses a concederem mais direitos trabalhistas. O imperialismo econômico causou a perda da relevância dos estados nacionais favorecendo a queda do colonialismo no mundo.

Na década de oitenta a União Soviética e os países do Leste Europeu não suportaram a concorrência do sistema capitalista e faliram já em 1991. É poca já se falava em globalização e neoliberalismo. O neoliberalismo floresceu de forma viçosa por vinte anos, até que em 2008 recebeu um baque. A crise foi tão forte que até agora não houve recuperação. A China passou a deter o maior PIB por paridade do poder de compra.

A crise de 2008 trouxe para o sistema capitalista uma nova onda de fascismo no mundo. Um sinal claro que o capitalismo está claudicando novamente. Hoje além dos problemas econômicos e sociais que levou à primeira onde do fascismo, atualmente se soma a questão ambiental.

O mundo está em transição. Uma nova ordem está preste a surgir. O capitalismo vai se reinventar? Haverá uma onde revolucionária a nível global? A humanidade encontrará seu fim e ficará a beira da extinção? Quem viver verá!...

sábado, 18 de novembro de 2023

E SE JAVIER MILEI VENCER NA ARGENTINA? PIOR PARA ELE!

 

Tenho observado muitas análises sobre um possível governo de Milei. Todas são baseadas em seus discursos e programa de campanha. Será que ele vai dolarizar a economia? Será que ele vai conseguir substituir parte do comércio com China e Brasil em favor dos Estados Unidos? Até que ponto ele vai fazer frente à política brasileira para a América Latina? Será que ele conseguirá tirar a Argentina dos BRICS e Mercosul?

A primeira dificuldade do suposto presidente Milei é o fato de sua base de apoio é amplamente minoritário no congresso. O peronismo de Sergio Massa, seu oponente no segundo turno, será majoritário no Senado, além de contar com quase metade dos deputados. Nem com apoio total do “macrismo”, conseguirá maioria, nesta casa.

Alguns poucos países abriram mão de suas moedas e passaram a usar o Dólar como moeda corrente, porém nenhum com o PIB da Argentina. Isto colocaria a Argentina em uma situação muito vulnerával. Por outro lado, a moeda americana, embora mantenha algum grau de hegemonia nas relações comerciais no mundo, vem perdendo seu prestígio como meio de troca internacional. Principalmente após o embargo contra a Rússia, com o sequestro de suas reservas pelos bancos americanos e europeus, o dólar passou a ser visto com desconfiança. Isto já havia acontecido com as reservas de outros países, como Venezuela e Irã. Ultimamente muitos países têm procurado fazer comercio em suas próprias moedas e substituindo suas reservas por ouro, ou mesmo Yuan ou Euro.

A Argentina importa manufaturados brasileiros em troca de trigo e outras commodities. Acordos no Mercosul diminui as taxas aduaneiras. O frete se torna mais barato devido à proximidade entre os dois países. Some-se as isso que a mão de obra no Brasil é mais barata e o Real está um pouco desvalorizado em relação ao Dólar. A Argentina terá que competir com o próprio Brasil pelo mercado de commodities nos EUA. Por outro lado, a China importa toda a produção de soja e milho, além de carne bovina, e em troca fornece tecnologia. O Comércio com a China é fundamental para conseguir superávit para vencer a crise interna.

A entrada nos BRICS só trará vantagens para a combalida economia Argentina. Ninguém usa esta palavra por ser pejorativa: os BRICS, no fundo, é um cartel. Visa unicamente vantagens econômicas para seus membros, sem nenhum pré-julgamento nas políticas internas dos países membros. Não importando se é democrático, ditatorial, comunista, fascista, teocrático etc. Além de um mercado exclusivo, que pode trazer rapidamente divisas para o país, ainda conta com o Banco dos BRICS, que pode fazer empréstimos com muito mais vantagens que o FMI.

Não se pode comparar as condições em que Milei irá supostamente assumir com as que Bolsonaro encontrou no Brasil. Seus eleitores querem uma solução rápida para a Argentina. Some-se a isto a dificuldade que ele terá ao lidar com a Câmara e o Senado. Melhor para ele não ser eleito, pois seu futuro pode ser tenebroso! Não me espantaria se ele fosse encontrado pastoreando em uma aldeia no interior da Mongólia.

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

ESTADO DE ISRAEL – O PECADO ORIGINAL

 


Tudo começou quando um jornalista judeu húngaro Theodor Herzl liderou uma campanha internacional para criar uma Estado Judaico na última década do sec. XIX. Sob o lema “uma terra sem povo para um povo sem terra”, iniciou-se, assim o movimento sionista, uma alusão ao Monte Sião na Palestina.

Não podemos confundir “semita” com “sionista”. Semita cientificamente designa um ramo linguístico (que inclui hebraico, aramaico e árabe) ou uma etnia (árabes e hebreus). Hoje é utilizado para designar os judeus, em geral. Sionismo é uma ideologia, que, inclusive, não tem unanimidade entre os judeus. Portanto não se pode confundir “antissionista” com “antissemita”, sendo esta última uma forma de racismo.

O principal argumento histórico para o antissemitismo é que foram “os judeus quem mataram Jesus Cristo”. Embora esta afirmação esteja longe da realidade, pois o próprio Jesus era judeu. Soma-se a isto o fato que quase todos os seguidores do Messias, quando vivo, também tinham origem hebraica.

O antissemitismo, desde a diáspora ocorrida no sec. I AC, sempre esteve presente nas civilizações ocidentais. Na idade média os judeus eram discriminados não só por não professarem a religião predominante na Europa, como pela tendência de se segregarem. Porém eram tolerados devido às suas atividades financeiras. No cristianismo não se poderia emprestar dinheiro à juros, o que se considerava pecado de usura. Por outro lado, na religião judaica tal ato era permitido. Assim os judeus tornaram-se os precursores dos banqueiros.

Esta situação mudou com a Revolução Industrial, quando os cristãos passaram a concorrer com os judeus na atividade financeira. Os judeus passaram a ser expulsos da Europa Ocidental, onde a atividade mercantil estava mais desenvolvida e tiveram que migrar para a Europa Oriental e Rússia, onde o capitalismo ainda era insipiente.

Após o início da “Idade Contemporânea” (depois da Revolução Francesa) a intolerância religiosa começou a diminuir em toda a Europa, porém o mesmo não ocorreu contra os judeus. É bom recordar que os judeus vivam em guetos, separados da população local, e falavam um idioma próprio, o ídiche. Eles eram considerados arrogantes pelas populações nativas, por se considerar o único povo eleito por Deus. Frequentemente as populações se reuniam para fazer verdadeiros massacre nos guetos judaicos. Eram os chamado “pogrom”. Não poupavam nem mulheres nem crianças! Tudo porque os “judeus mataram Jesus”!

No início do século XX era clara a intenção dos governos europeus de expulsarem os judeus. Cabe esclarecer que as ideias de Theodor Herzl não visavam levar o povo judeu de volta para a Palestina. Uma “terra sem povo” se referia a lugares desabitados com a Patagônia, Amazônia ou a Sibéria.

Durante a Primeira Guerra Mundial, onde os Ingleses, Italianos e Império Russo, lutavam contra a Alemanha e o Império Otomano, foi firmado um acordo secreto em que todos os judeus da Europa seriam degradados para a Palestina. Este pacto foi denunciado pelos Bolcheviques após a Revolução Russa em 1917. É bom informar que metade da cúpula do Partido Bolchevique era formada por judeus. Mesmo antes da criação do Estado de Israel, os soviéticos haviam cedido uma área da Sibéria na divisa com a China para as comunidades judaicas. A expulsão dos judeus da Europa acabou não ocorrendo, porém a Inglaterra, que colonizou a Palestina, após a Primeira Guerra, incentivou a ida de judeus para a região, onde começaram a formar os primeiros Kibuts.

Depois da Segunda Guerra, já em 1947, a Inglaterra propôs a ONU a formação de um Estado de Israel, na região da Palestina. Ficou acertado que haveria dois países, metade seria Israel e metade Palestina. Os americanos, a única potência intacta após a guerra, se comprometeram a ajudar financeiramente a construção do novo país. De modo que houve uma migração em massa de judeus para o novo país. A população Palestina de uma hora para outra tornou-se estrangeira em sua própria terra. Se por um lado havia ajuda financeira para Israel, nada foi oferecido aos palestinos para deixar o país. Acabaram expulso. Primeira diáspora palestina. O sionismo moderno (que NÃO é compartilhada por os judeus) acredita que todas as terras conquistadas por Saul e Davi, mantida por Salomão, pertence a Israel. É uma área que compreende toda Palestina e Jordânia, sul do Líbano e da Síria e parte do Egito. A História diz que Israel manteve este território por pouco mais de um século. Depois disso seus domínios nunca mais foi o mesmo. Terminando por formar dois pequenos reinos: O reino de Judá e Reino de Israel. O mais irônico é que a chamada “Faixa de Gaza” em nenhum momento histórico pertenceu a Israel.

A ideia de que os judeus dominam grandes fortunas nos Estados Unidos e Europa não passa de um mito. Existe muito Judeus ricos, é claro. Mas há árabes ricos, também. Porém grande parte da oligarquia financeira mundial não são árabes nem judeus. Nem ao menos tem hegemonia norte-americana.

Para concluir precisamos entender qual o papel de Israel na geopolítica mundial. O que parece é que a oligarquia financeira mundial está aproveitando a história (ou lenda?) bíblica que os hebreus foram um povo eleito e recebeu do próprio Jeová as terras de Canaã, para semear discórdias no Sudoeste da Ásia e controlar o maior polo energético do mundo.

O sionismo está longe de ser unanimidade entre povo judeu ao redor do mundo, de tal forma que muitos têm sido presos nos últimos dias nos Estados Unidos, Inglaterra, França e Alemanha, por gritarem em grades manifestações: NÃO EM MEU NOME!

Quanto as mim, minha quarta parte árabe se encontra indignada com o que ocorre na Palestina. Minha quarta parte Judaica também grita NÃO EM MEU NOME. Já minha outra metade japonesa e italiana me dá serenidade para pesquisar como chegamos a este ponto e escrever este artigo para vocês.

 

Para terminar, aproveito minha pós-graduação em genética para afirmar que pelo menos metade da população mundial é descendente de Abraão e Jacó. Portanto o judaísmo é ap enas uma religião.


segunda-feira, 9 de outubro de 2023

O REI ESTÁ NU: O Hamas é uma organização terrorista e Israel é um Estado Genocida.

 



Como todo grupo paramilitar o Hamas é uma ORGANIZAÇÃO TERRORISTA.


Um estado que persegue e inviabiliza a sobrevivência de uma grupo étnico é um ESTADO GENOCIDA. 


A criação de dois estados independentes é inviável, visto que em quase todo o território convivem israelitas e palestinos.


O ideal é a criação de "um país, dois povos", onde árabes e judeus viveriam de forma harmônica. Mas isto tem que ser construído.

- Construção objetiva - eleger uma assembleia constituinte com o objetivo de colocar em condições de igualdade cidadãos israelita e palestino.

- Condição subjetiva - construção de uma construção de uma coexistência pacífica e um clima de tolerância entre os dois povos.


sexta-feira, 29 de setembro de 2023

PRESIDENTE DO CASAQUISTÃO DIZ QUE O ACORDO ENTRE A RÚSSIA E UCRÂNIA ESTÁ PRÓXIMO. É POSSIVEL A CURTO PRAZO?

 

É de conhecimento público que a guerra está perdida para a Ucrânia. A contraofensiva de primavera para recuperar territórios perdidos foi um fracasso. Já estamos no outono no Hemisfério Norte e os Russos e seus aliados não cederam nenhum centímetro. O boicote à Rússia está custando muito caro aos países europeus, membros da OTAN. Com a chegada do inverno o gás russo fará muita falta a estes países para aquecer os lares. Do outro lado, os boicotados, vem substituído importações e direcionado suas exportações, em particular petróleo e gás, para novos mercados. Será que existe uma saída honrosa para a Ucrânia e para a OTAN?

Venho trazer aqui neste meu blog algumas propostas de paz para terminar de vez com a guerra na Ucrânia.  Vocês podem achar que este artigo não chegará a Zelensky, nem a Putin. Porém tenho certeza de que a CIA e o NSA leem este blog.

- A Ucrânia voltará a ter a integridade territorial de 2014. Apenas a Crimeia será anexada à Rússia.

- A Rússia ajudará na reconstrução da Ucrânia.

- A Ucrânia passará a ser uma república federativas com as seguintes regiões:

1ª Região: Região geoeconômica de Kiev – Capital Kiev

2ª Região: Território outrora anexada da Polônia – Capital Lviv.

3ª Região: Dombass

4ª Região: Orla do Mar Negro – Capital Odessa.

- Instituir uma assembleia nacional constituinte para regulamentar as atribuições e grau de autonomia destas regiões, aproveitando para uma reformulação geral sobre as funções do Estado e da cidadania.

- Um referendo popular aprovará a nova constituição.

- As forças armadas russas continuarão em território ucraniano até a aprovação da nova constituição, porém sem interferir na vida política dos cidadãos.

- A Ucrânia se comprometerá a ser um território neutro, livre de conflitos. Inclusive se comprometendo a ter, futuramente, o papel de mediador de pendengas entre nações europeias e asiáticas.

segunda-feira, 24 de julho de 2023

QUEM ANDA ARMADO CORRE PERIGO DE VIDA

 

          Algumas pessoas podem dizer que minhas palavras são de uma mero pacifista que tem horror às armas. Até certo ponto, sim! Mas devo esclarecer que trabalhei durante quatro anos no Departamento de Polícia Federal como recepcionista em uma delegacia. Como Servidor eu teria o direito a porte de armas, que jamais requeri. Eu, e a maioria dos que não cumpria funções policiais, andava desarmado. Os próprios colegas, escrivãs e agentes, assim como alguns poucos delegados, com quem eu conversava, nos desincentivavam o uso de armas.

          O motivo? Vou fazer uma alegoria para melhor entendimento: Suponhamos que um oficial de carreira, já calejado de tantas guerras, encontra-se em um país africano a serviço de seu país. É madrugada, e enquanto todos dormem, ele e mais alguns montam guarda. Nada acontece. Assim como nada aconteceu nas dezenas de noites que passou em claro em tantas missões. O silêncio da noite pesa sobre seus olhos. Eis que de repente sente uma lâmina fria em seu pescoço. Um menino de onze anos está com o seu canivete aperto, prestes a cortar sua jugular. Moral da história: De que valeu toda experiencia militar frente a um garoto subnutrido que nunca foi soldado de verdade. De que valeu todo seu arsenal em suas mãos e espalhados pelos escaninhos de sua farda. Pendurados na cintura e nas pernas, as munições e granadas agora são inúteis.

          Nos quatro anos que eu trabalhei na polícia, apenas um agente da Superintendência do Rio de Janeiro morreu durante uma operação. Os agentes de polícia me revelaram qual o segredo dos Federais para manterem um número de baixa irrisórias durante suas operações: Elemento surpresa.

          Assim como a polícia bem-preparada tem no elemento surpresa seu maior trunfo, os bandidos a utiliza contra nós. Geralmente ninguém espera pelo ataque de um bandido. Digamos que você tenha que estacionar seu carro em um local suspeito e neste momento passa algumas pessoas. Você então tira a arma e aponta para o sujeito. Se ele for um cidadão honesto, com a ameaça, o criminoso passa a ser você. Digamos que ele esteja armado e tente reagir. Você vai matá-lo. Você matou um inocente porque estava armado. Ele morreu porque também estava armado.

          Agora e se você mantiver a arma na cintura? O sujeito pode ser um ladrão, apontar a arma para você e lhe render. Perdeu!... E se depois ele perceber que você está armado? Ele poderá roubar sua arma, e será mais uma arma a serviço de crime. Mas pode ser pior: Psicologicamente a visão de uma arma inspira ódio nas pessoas.

          O ladrão pode ser um assassino costumaz. Mas naquele momento ele estava apenas “trabalhando” para sustentar sua família, mas com a visão da arma ele acaba atirando em você.