quinta-feira, 29 de abril de 2021

O QUE HÁ POR TRÁS DA REJEIÇÃO DO SPUTNIK-5 PELA ANVISA

 


            Eu poderia começar com a notícia de que a Comunidade Europeia está analisando a liberação da vacina russa, cujo resultado está previsto para a próxima semana (primeira semana de maio). Mas acho que é melhor começar explicando como é feita a vacina Spuntik-5. Segundo a revista russa homônima (também se chama Sputnik), a vacina foi feita com a seguinte tecnologia:

            - Pegou-se um vírus denominado adenovírus, que provoca uma doença semelhante à gripe em humanos.

- Através de engenharia genética, foram retirados todos os genes que pudesse apresentar sintomas ou reações nas pessoas.

- Deste modo todas as pessoas que contraíssem este vírus seriam assintomáticas.

- Este adenovírus já havia sido feito há mais de dez anos, sendo que muitas vezes foram testados em animais e humanos, não havendo nenhuma dúvida quanto a sua segurança quanto à patogenicidade.

- Através de engenharia genética foram colocados dois genes do Covid-19 no genoma do referido adenovírus.

- Trata-se de uma vacina transgênica. Mas hoje em dia muitos medicamentos são obtidos através de transgênicos. Quase a totalidade da insulina usada no mundo é obtida através de transgenia.

Abro parêntesis para dizer que tenho autoridade para contestar os “especialistas” que fizeram o laudo para a ANVISA. Não chego a ser leigo no assunto, pois sou especialista em genética vegetal e tenho algum conhecimento sobre biologia molecular.

Eu concordo com os especialistas da ANVISA quando dizem que a Vacina Sputnik-5 possui adenovírus replicante (replicante é uma palavra para substituir a palavra “vivo”, pois para alguns autores os vírus não são seres vivos). E é exatamente aí que mora toda a eficiência da Sputnik-5 como vacina. Como apresenta um nível de “infecção” 100% assintomática as pessoas não tem nenhuma reação à vacina. Por outro lado estimula o sistema imunológico a criar anticorpos contra duas (e não apenas um, como na maioria das vacinas) proteínas virais do Covid-19.

Existe outra coisa que é necessário esclarecer. Esta vacina não é nova. Inclusive anterior a Covid-19. A Sputnik-5 foi feita em cima da “plataforma” utilizada na vacina contra o Coronavírus do Camelo, que apareceu na Arábia Saudita em 2014. Esta doença provocava 35% de letalidade, porém só era transmitida do camelo para o ser humano. Por este motivo a vacina russa foi a primeira a ser aprovada para vacinação.

Depois destas explicações e esclarecimentos faz-se necessário escrever sobre as vantagens da vacina Sputnik-5.

- É bastante segura, sendo aprovada até o momento por sessenta e um países, entre eles Argentina, México e Hungria. Os alemães manifestaram interesse, mas decidiram esperar a Comunidade Europeia para fechar um acordo.

- Como já disse, praticamente não apresenta efeitos colaterais. Estudos tem demonstrado que, entre as vacinas mais difundidas, é a que apresenta menor reação.

- É muito barata e necessita pouca tecnologia na fabricação. Sendo assim os laboratórios não precisam ser sofisticados e altamente tecnificados para produzir.

Espero que eu tenha sido esclarecedor. Se acharem interessante divulguem!

A rejeição da vacina Sputnik 5 pela ANVISA é no mínimo suspeita. Uma hipótese plausível é a pressão de lobby de autoridades americanas visando a não aprovação da vacina russa na Europa.


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