domingo, 16 de junho de 2019

DÓLAR NO MUNDO: ATAQUE E DEFESA


No Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, que ocorre anualmente desde 1997 nesta cidade russa, reunindo autoridades de potências emergentes, neste ano de 2019 discutiu-se a questão do Dólar como moeda internacional. Em particular, pelo menos a Rússia e a China estão alternativas para a substituição da moeda americana em transações internacionais.

A história do Dólar Americano como moeda internacional surgiu antes mesmo de terminar a segunda guerra mundial. Em 1944. Nada mais justo, pois naquela época os EUA eram responsáveis por nada menos que 40% do PIB mundial. Atualmente este percentual caiu pela metade, com o agravante que os Estados Unidos abandonaram o padrão ouro na década de 70 do século passado. Os países do mundo vêm aceitando este monopólio dos americanos na emissão de moedas por diversos motivos. Primeiro pelo potencial bélico da maior potência mundial. Quem fala em tirar o Dólar como moeda padrão compra uma briga. Segundo porque a zona do Euro ainda tem dúvida se vale a pena colocar sua moeda competindo com a moeda americana. Pode causar alguma instabilidade ao Euro, segundo alguns especialistas. Terceiro porque não há consenso entre os países sobre a criação de uma moeda internacional independente.

Porém a crise de 2008, que começou com a quebra de bancos nos EUA, devido a inadimplência de financiamento de imobiliário, custou ao erário norte-americano um trilhão de Dólares. Como o Dólar era a moeda internacional, a crise se espalhou por todo o mundo, notadamente nos países europeus. As reservas internacionais, a autossuficiência na produção de petróleo e a política keynesiana na economia durante o governo Lula atenuaram a crise no Brasil.

A crise internacional, provocada por problemas internos dentro dos EUA, já passou, mas a lição ficou. O discurso inflamado de Putin e as mensagens do Vice Primeiro Ministro chinês apontam para o banimento da moeda americana no comércio bilateral, entre as duas potências do oriente, assim como, sempre que possível, evitar fazer transações em dólar no comércio com outros países.

Parece que potências europeias ficaram diplomaticamente quietas. Só assuntando! A zona do Euro não vai ficar muito tempo parado, observando a guerra econômica entre Estados Unidos contra China e Rússia. Os Estados Unidos de Trump se defendem recrudescendo suas garras sobre a América Latina, notadamente Brasil e Argentina. O México é membro do NAFTA. Apesar de todo nacionalismo de Obrero, o México já está no papo há muito tempo!

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