Imagine
um grande jogo de “War”, aquele mesmo joguinho de tabuleiro e peõezinhos que os
adolescentes costumam consumir noites. Imagine uma dezena de equipes de
jogadores, todas disputando o domínio do mundo. Equipes que não têm nomes, não
representam nenhum território específico, mas cada uma das equipes têm seus
objetivos estratégicos. Pois é!... Este é o planeta Terra.
Este jogo é assistido e
vivido por mais de sete bilhões de espectadores. E assim como em qualquer
evento esportivo, existem narradores e comentaristas. Nem sempre com muito
critério. Estas são as mídias. Mas há aqueles que são mais exigentes, e querem
ter uma visão mais próxima da realidade. Quem ganha e quem perdem, neste
tabuleiro? Quem comenta são os cientistas política e suas análises se denominam
geopolíticas. A análise de onde e para onde o mundo caminha é necessário uma
abstração impossível de se reproduzir nos melhores cérebros do mundo. Nem
existem sistemas computacionais para isto. Mas é possível colocar algumas
premissas,e inferir algumas tendências.
COMO ESTÁ O BRASIL
ANTUALMENTE
O
Brasil não é um país qualquer. Se é que existem algumas características definem
a pujança de um país, eu colocaria população, território e PIB, como as
principais características ao lado do IDH. Se formos ranquear a os dez maiores
países em relação às três primeiras características, selecionaríamos apenas
três. Estados Unidos, China e Brasil. Somos o quinto maior território, a quinta
maior população e a nona economia do mundo. (Quando incluímos os dez maiores
IDH como quarta característica, nenhum destes países seriam selecionado). Quando
se aumenta a amplitude para quinze países, inclui-se a Rússia e a Índia.
Verifica-se, deste modo, a importância dos BRICS. Um cartel composto por
Brasil, Rússia, Índia e China é um forte contraponto à supremacia estadunidense
no mundo.
Um
dos grandes pecados do Brasil é não se preocupar com sua segurança. Um país tão
importante não deveria ser tão vulnerável. Sempre nos contentamos com a
liderança da América Latina, sem maiores aspirações. Por outro lado o Atlântico Sul não representa
nenhuma forma de ameaça à nossa soberania. Não falo aqui somente do nosso
potencial bélico, mas, o que é mais grave, o Brasil é um livro aberto para
espionagem internacional. Não só em relação à informação, mas em relação às
sabotagens interna. Quase tudo que vem acontecendo na política nos últimos dez
anos na política nacional tem o dedo de potências internacionais, em particular
dos Estados Unidos. Desde o Impeachment sem crime de responsabilidade da Dilma
Rousseff, até a eleição de um presidente alinhado com seus interesses foi
meticulosamente planejados pela CIA e pelo capital financeiro norte-americano.
Para dizer de forma clara e sucinta o nosso país de capitulou integramente aos interesses
estadunidenses.
Como
é do conhecimento de todos nós, a China vem ameaçando a hegemonia dos Estados
Unidos no mundo. A China aliada com a Rússia somada com as suas áreas de
influência, equivale à economia Norte-americana. Os países da Comunidade Europeia somados têm
uma economia bem maior que os Estados Unidos. Porém, apenas dois fatores dão aos
Estados Unidos o domínio sobre nosso planeta. O potencial bélico e o Dólar como
meio de troca internacional. Com relação à moeda, a Europa já tem uma moeda
única, o Euro. Russos e Chineses planejam lançar uma moeda conversível. Na
tecnologia de armamentos convencionais, os Russos não ficam para trás. Nada
impede de a Europa, até por questões pragmáticas, venha a fazer alianças mais
robustas com a China e Rússia em detrimento dos interesses Norte-Americanos.
Durante
a década passada até metade desta, o Brasil procurou andar com as próprias
pernas, levou consigo a Argentina e a maioria dos países da América do Sul.
Chegou à sexta economia do mundo! Os serviços de inteligência estadunidense trataram
de sabotar o Brasil, derrubando governo, destruindo grandes empresas de engenharias,
construções navais, além de levar uma das prósperas companhias de petróleo,
como a Petrobrás, a um colapso.
Os
americanos conseguiram resgatar o Brasil e a América Latina. Mas e agora o que
fazer com seu quintal reconquistado? Nos Estados Unidos existem duas alas. Para
facilitar darei nomes, que na realidade não lideram os seus grupos. A primeira é
a do Trump, que quer a total submissão do Brasil e de nossos vizinhos a seus
interesses. Quer para si todos os nossos recursos naturais para ser explorado
ao bel prazer. Semelhante ao sistema colonial que vigorou no mundo até a década
de setenta. O segundo é o grupo do Clinton, que quer a nossa economia atrelada
a deles, mas sem essa de terra arrasada. Eles precisam do nosso mercado. Por
outro lado é muito perigoso transformar países com duzentos anos de
independência política, em um grupo de colônia do tipo que tivemos na África
até meado do século passado. Clinton e sua turma querem países submissos aos
interesses estadunidenses, mas não querem economias fracas. Um quintal
improdutivo não fortalece a economia, o bom é fazer uma horta e criar galinhas!
Para o grupo do Clinton pode ser até interessante acontecimento como a derrota
do Macri na Argentina, ou a desmoralização da Lava Jato, pelo americano Glemm
Grenwald. Até mesmo Lula Livre, se este não passar dos limites. Isso só eles e
a CIA sabem.
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