Muita
gente anda pessimista, chorando pelos cantos, em luto pela morte do nosso país,
como nação. ESTÃO MATANDO O BRASIL! Nossa soberania está sendo doada uma
potência estrangeira!
O desenvolvimento
de país vinha se tornando uma pedra no sapato para alguns segmentos que dominam
a geopolítica mundial (Estou devendo o capítulo III sobre a geopolítica
mundial, quando falarei do Brasil). Bolsonaro, a mando de setores mais
reacionários da oligarquia financeira internacional. Vem promovendo uma
política de terra arrasada, tanto no campo social, econômico e ambiental. A
ideia é de não haver país algum! Isto porque, ao contrário da maioria da
população, eles sabem no nosso potencial.
Mas
vale a pena lutar. Se conseguirmos reunir as forças progressistas deste país
nos próximos três anos poderemos impingir uma derrota clamorosa aos vendilhões
da pátria e tomaremos as rédeas do nosso destino em nossas mãos. Mas... depois
da “terra arrasada”, o que poderemos fazer.
O
que se pode fazer a curtíssimo prazo? Resistir à agenda neoliberal do atual
governo. Devemos estar em estada de manifestação permanente. Denunciar diuturnamente
os crimes de lesa pátria perpetrados por esta corja que assaltou o poder. A
Petrobrás é nossa! Temos que denunciar a venda do pré-sal, das refinarias, dos
gasodutos, da BR distribuidora. Não podemos deixar eles se desfazerem de nosso
parque de geração de eletricidade. Não podemos permitir o sucateamento e a posterior
privatização das nossas universidades. Entregar a Amazônia, destruir nossas
reservas ambientais, exaurir nossos recursos minerais em benefício de potências
estrangeiras. São tantas as maldades, que nem o próprio Diabo o quer no Inferno,
para não haver concorrência!
Bom!
O que fazer agora? Ajudar a organizar, ou pelo menos engrossar as fileiras nos
movimentos contra a reforma da previdência e pela universidade gratuita e de
excelência. Devemos tomar uma posição favorável ao impedimento do presidente
Jair Bolsonaro. Esta é uma situação real em que um presidente da república deve
sofrer um processo de impeachment. No caso de Fernando Collor de Mello o crime
de responsabilidade não foi tão obvio. Dilma Rousseff foi deposta sem cometer
nenhum crime de responsabilidade. Já, agora, no caso Jair Bolsonaro, os crimes
de responsabilidades são flagrantes: racismo, difamação, todo tipo de falta de
decoro, como veiculação de vídeos pornográficos, incitação à violência, e
tantos outros!
Para
aqueles que dizem que o impedimento do Bolsonaro serve mais àqueles que querem
aprofundar a agenda de destruição do país do que ao povo brasileiro porque o
Mourão faz parte do grupo, acho que não é bem assim. Bolsonaro pode perder o
mandato por um golpe das elites porque as loucuras do presidente estão
atrapalhando a destruição do Brasil. Mas se o povo for levado às ruas, levado
pelas mãos das forças progressistas, para pedir o impeachment de Bolsonaro, uma
nova proposta será levada ao povo no bojo dos movimentos. As dificuldades de
Mourão para conduzir a agenda serão bem maiores.
A
campanha do impeachment servirá, também, como uma pré-campanha eleitoral para
prefeitos e vereadores no ano que vem. Uma grande vitória das forças
progressistas contra as forças imperialistas que estão subjugando nosso país. Nenhum
político vive sem a municipalidade. O congresso terá dificuldade de aprovar os
muitos pontos do entreguismo nacional.
Os
danos provocados pelo “golpe do impeachment” contra a presidenta Dilma, em
2016, são muito grandes e vai continuar até 2023, o que podemos fazer é
mitigar. Porém para as próximas eleições presidenciais e para governadores não
podemos perder. E o dia de começarmos fazer campanha de esclarecimento popular
foi ontem. É preciso fazer uma grande frente, com um discurso único, para fazer
frente ao aparelhamento dos usurpadores do poder. Mobilização permanente. Sempre
esclarecer e denunciar o que está havendo no país! Se hoje nossas opiniões
parecem esdrúxulas, amanhã será como uma cantiga de grilo.
Pensando
em médio prazo. Se elegermos um bom presidente, uma câmara de maioria
progressista (além de uma maioria dos governadores, com suas respectivas
assembleias legislativas) será possível não só reverter a atual situação, mas
trilharmos um caminho de prosperidade nunca visto. Neste caso trago algumas
propostas para reflexão.
No
campo político é indispensável formar uma assembleia nacional constituinte. Com
deputados eleitos unicamente para este fim, inelegíveis por quatro anos após a
promulgação da nova carta. O congresso poderá revogar muitas das “maldades” do
atual governo, estabelecendo uma legislação trabalhista mais justa e a volta de
um regime de previdência solidário.
Porém
é na área econômica que o bicho pega! O que foi vendido, quer dizer, doado,
dificilmente terá retorno fácil pela via parlamentar. Para voltar a reestatizar
setores estratégicos é preciso recuperar a economia do país. Tenho algumas
sugestões.
O
setor bancário é a que tem maiores lucro no Brasil há décadas. A especulação
financeira é muito rentável no país. Isto acontece porque os bancos pegam os
recursos que dispõe (que não foram emprestados para os setores produtivos)
depositam no Banco Central. A taxa de juros no país é uma das mais altas do
mundo, portanto este dinheiro é bem remunerado. Os empresários do setor
produtivo, em particular do setor da indústria, deixaram de pedir empréstimos
aos bancos para expandir a produção e passaram a investir no capital
financeiro. O setor agropecuário recebe créditos com algum subsidio, ou seja,
juros mais baixos. O setor de commodities agradece! A economia beira a estagnação.
Diante destes fatores, se eu
fosse o ministro da economia tomaria as seguintes medidas:
Baixaria a “taxa SELIC” à
zero! Ou pelo menos a um valor bem baixo. Não levaria o setor financeiro à
falência? Os bancos tem bastante gordura e poderiam (e é esta a ideia)
emprestar dinheiro ao setor produtivo.
Obrigaria os bancos a
depositar de 70% a 90% no Banco Central, para evitar expansão monetária e,
portanto, inflação. Faria um decreto ou projeto de lei, vinculando a máxima taxa de juros aplicada pelos bancos à taxa SELIC. Acima deste valor seria considerado crime de usura. Exemplo: para empréstimos a taxa de juros não poderia exceder oito vezes a taxa SELIC. Para cartões de crédito e limite de cheque especial, dez vezes.
Emitiria dinheiros (Reais)
ao longo de algum tempo para pagar as dívidas com os bancos. Isto não causaria
inflação? Não. Não porque a ideia não é só diminuir o déficit público e sim
capitalizar os bancos para promover empréstimos ao capital produtivo. Com a
diminuição da dívida interna, será possível dar incentivo às empresas que
fornecem para o mercado interno. Desta forma aumenta-se o consumo dos
brasileiros.
Outra ideia seria trocar o
padrão Dólar ou ouro, por um pool de commodities: O valor do Real seria
determinado por uma média ponderada em equivalência de produtos como milho,
soja, carne bovina, petróleo e minério de ferro, por exemplo. Isto se chama “equivalência
de produtos”. A coisa não seria aplicada automaticamente. Um “amortecimento
sazonal” seria necessário para evitar grandes variações. Se outros países
exportadores de commodities vierem a seguir nosso exemplo, os países mais
pobres do mundo tenderão a se fortalecer.
Tenho mais a propor, mas vou
parar por aqui, pois o artigo está ficando muito extenso. Se continuar vou
acabar fazendo a revolução.
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