Estou afirmando: Bolsonaro pode, sim,
ser eleito no voto! As pesquisas que apontam a vitória de Lula no primeiro turno
são só para o momento. Com a proximidade das eleições muitos fatores podem
mudar. Principalmente na última semana antes do pleito.
Muitos
de nós temem um golpe de estado por parte do atual presidente, porém é
necessário inúmeros fatores para que isso aconteça. Não é necessário que apenas
policiais e militares decidam por uma quartelada. O capital financeiro tem que
estar de acordo. As oligarquias financeiras dominam a mídia e a mídia mobiliza
ou desmobiliza. Não podemos esquecer que por mais despolitizado que os
brasileiros sejam, em período eleitoral a população se mobiliza em torno do
tema, tornando-se impossível um golpe sem participação popular. Outro fator é o
interesse de Washington na ruptura institucional no Brasil. Nosso país não tem
sido muito solidário com a OTAN no caso da guerra na Ucrânia e tem, ultimamente,
reforçando os laços com os BRICS.
Os
militares, notadamente as polícias militares, podem instalar no país um clima
de terror nas vésperas das eleições fazendo que muitos eleitores do Lula não
saiam de casa para votar. Principalmente os mais idosos.
Mas
o que realmente pode modificar os resultados das urnas é o chamado “voto de
cabresto” praticado por milicianos nas mais diversas comunidades carentes de
nosso país, reduto natural dos eleitores da chapa Lula-Alkmin e as igrejas
pseudo-evangélicas neopentecostais.
Não
sei se o Partido dos Trabalhadores está atento o suficiente para pôr em prática
um plano de ação para neutralizar a ofensiva bolsonarista feita pelos
milicianos próximo das eleições. Acredito que o PT deveria dar todo apoio e assistência
aos ativistas nas comunidades na conscientização dos eleitores de que o voto é
secreto e que não há como saber como cada um votou.
Bolsonaro
não é propriamente um bom candidato para o cristão, havendo muitos argumentos
para dissuadir o eleitor a votar nele. Para neutralizar as ações das pseudo-igrejas
sugiro que sejam utilizadas frases bíblicas que desautoriza a igreja se posicionar
politicamente como “à César o que é de César, à Deus o que é de Deus” (Mt
22:13-17; Mc 12:13-17; Lc20:20-26). Aspectos filosóficos do cristianismo que
tem na paz seu argumento: “a arma do cristão é a bíblia!” O caráter laico do
Estado Brasileiro, a ponto de não se cobrar impostos sobre dízimos.
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