Eu poderia começar com a notícia de que a Comunidade
Europeia está analisando a liberação da vacina russa, cujo resultado está previsto
para a próxima semana (primeira semana de maio). Mas acho que é melhor começar
explicando como é feita a vacina Spuntik-5. Segundo a revista russa homônima
(também se chama Sputnik), a vacina foi feita com a seguinte tecnologia:
- Pegou-se um vírus denominado adenovírus, que provoca
uma doença semelhante à gripe em humanos.
- Através
de engenharia genética, foram retirados todos os genes que pudesse apresentar sintomas
ou reações nas pessoas.
-
Deste modo todas as pessoas que contraíssem este vírus seriam assintomáticas.
-
Este adenovírus já havia sido feito há mais de dez anos, sendo que muitas vezes
foram testados em animais e humanos, não havendo nenhuma dúvida quanto a sua
segurança quanto à patogenicidade.
-
Através de engenharia genética foram colocados dois genes do Covid-19 no genoma
do referido adenovírus.
-
Trata-se de uma vacina transgênica. Mas hoje em dia muitos medicamentos são obtidos
através de transgênicos. Quase a totalidade da insulina usada no mundo é obtida
através de transgenia.
Abro
parêntesis para dizer que tenho autoridade para contestar os “especialistas”
que fizeram o laudo para a ANVISA. Não chego a ser leigo no assunto, pois sou
especialista em genética vegetal e tenho algum conhecimento sobre biologia
molecular.
Eu concordo
com os especialistas da ANVISA quando dizem que a Vacina Sputnik-5 possui adenovírus
replicante (replicante é uma palavra para substituir a palavra “vivo”, pois
para alguns autores os vírus não são seres vivos). E é exatamente aí que mora
toda a eficiência da Sputnik-5 como vacina. Como apresenta um nível de “infecção”
100% assintomática as pessoas não tem nenhuma reação à vacina. Por outro lado
estimula o sistema imunológico a criar anticorpos contra duas (e não apenas um,
como na maioria das vacinas) proteínas virais do Covid-19.
Existe
outra coisa que é necessário esclarecer. Esta vacina não é nova. Inclusive
anterior a Covid-19. A Sputnik-5 foi feita em cima da “plataforma” utilizada na
vacina contra o Coronavírus do Camelo, que apareceu na Arábia Saudita em 2014.
Esta doença provocava 35% de letalidade, porém só era transmitida do camelo
para o ser humano. Por este motivo a vacina russa foi a primeira a ser aprovada
para vacinação.
Depois
destas explicações e esclarecimentos faz-se necessário escrever sobre as
vantagens da vacina Sputnik-5.
- É
bastante segura, sendo aprovada até o momento por sessenta e um países, entre
eles Argentina, México e Hungria. Os alemães manifestaram interesse, mas
decidiram esperar a Comunidade Europeia para fechar um acordo.
-
Como já disse, praticamente não apresenta efeitos colaterais. Estudos tem demonstrado
que, entre as vacinas mais difundidas, é a que apresenta menor reação.
- É
muito barata e necessita pouca tecnologia na fabricação. Sendo assim os
laboratórios não precisam ser sofisticados e altamente tecnificados para
produzir.
Espero
que eu tenha sido esclarecedor. Se acharem interessante divulguem!
A rejeição da vacina Sputnik 5 pela ANVISA é no mínimo suspeita. Uma hipótese plausível é a pressão de lobby de autoridades americanas visando a não aprovação da vacina russa na Europa.
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