No Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, que
ocorre anualmente desde 1997 nesta cidade russa, reunindo autoridades de
potências emergentes, neste ano de 2019 discutiu-se a questão do Dólar como
moeda internacional. Em particular, pelo menos a Rússia e a China estão
alternativas para a substituição da moeda americana em transações
internacionais.
A história do Dólar Americano
como moeda internacional surgiu antes mesmo de terminar a segunda guerra
mundial. Em 1944. Nada mais justo, pois naquela época os EUA eram responsáveis
por nada menos que 40% do PIB mundial. Atualmente este percentual caiu pela
metade, com o agravante que os Estados Unidos abandonaram o padrão ouro na
década de 70 do século passado. Os países do mundo vêm aceitando este monopólio
dos americanos na emissão de moedas por diversos motivos. Primeiro pelo
potencial bélico da maior potência mundial. Quem fala em tirar o Dólar como
moeda padrão compra uma briga. Segundo porque a zona do Euro ainda tem dúvida
se vale a pena colocar sua moeda competindo com a moeda americana. Pode causar
alguma instabilidade ao Euro, segundo alguns especialistas. Terceiro porque não
há consenso entre os países sobre a criação de uma moeda internacional
independente.
Porém a crise de 2008, que
começou com a quebra de bancos nos EUA, devido a inadimplência de financiamento
de imobiliário, custou ao erário norte-americano um trilhão de Dólares. Como o
Dólar era a moeda internacional, a crise se espalhou por todo o mundo,
notadamente nos países europeus. As reservas internacionais, a autossuficiência
na produção de petróleo e a política keynesiana na economia durante o governo
Lula atenuaram a crise no Brasil.
A crise internacional,
provocada por problemas internos dentro dos EUA, já passou, mas a lição ficou.
O discurso inflamado de Putin e as mensagens do Vice Primeiro Ministro chinês
apontam para o banimento da moeda americana no comércio bilateral, entre as
duas potências do oriente, assim como, sempre que possível, evitar fazer transações
em dólar no comércio com outros países.
Parece que potências europeias
ficaram diplomaticamente quietas. Só assuntando! A zona do Euro não vai ficar muito
tempo parado, observando a guerra econômica entre Estados Unidos contra China e
Rússia. Os Estados Unidos de Trump se defendem recrudescendo suas garras sobre
a América Latina, notadamente Brasil e Argentina. O México é membro do NAFTA. Apesar
de todo nacionalismo de Obrero, o México já está no papo há muito tempo!
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