A grande mentira que corre pelo
Brasil é que o PSDB está liderando um golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.
A chamada oposição está sendo levada de reboque. A verdade é que outro partido
político está de olho no mais alto cargo executivo. O grande problema, que
apesar do forte apoio da mídia oligopolizada e cartelizada, o PMDB não tem como
justificar, por enquanto, o impedimento da nossa mandatária.
É sabido que o PT foi obrigado a
abrir mão de sua candidatura natural para substituição do Presidente Lula.
Acusado de envolvimento no escândalo do “mensalão”, José Dirceu teve seu
mandato de deputado cassado. O ano era de 2008. Lula, na época, contrariando a
lógica, apostou todas as fichas em sua desconhecida Ministra das Minas e
Energia. Por que ela? Afinal, Dilma Rousseff, além de ser só conhecida (e mal)
no Rio Grande do sul, era filiada ao PT apenas há sete anos. Ela era oriunda do
PDT, saiu por discordâncias com o antigo partido em seu estado, porém continuou
com o mesmo apreço e a mesma admiração pelo Governador Leonel Brizola. A grande
sacada de Lula foi colocar no poder uma discípula de seu rival Leonel Brizola.
O PT, naquele momento, não teve ânimo para contestar.
Leonel Brizola sempre foi muito
zeloso pelo bom nome de seu partido. O líder estava mais propenso a aceitar em
seus quadros elementos conservadores, como Jaime Lerner, do que políticos com
reputação duvidosa como César Maia, Marcello Alencar e Garotinho. O Velho Briza
não admitia corrupção dentro do PDT! Para isso ele colocava uma espécie de
parede entre ele e os corruptores. Dilma Rousseff parece que aprendeu com ele.
A então Ministra tinha outros atributos, como espírito de liderança,
competência e inteligência, além de ser muito culta.
Como instaurar um processo de
impedimento de uma presidenta se não existe nada concreto contra ela? Ela sabia
de tudo, portanto foi omissão? Esta tese é fácil de contestar: Imagine o
presidente de uma associação de moradores em uma favela do Rio de Janeiro.
Mesmo que ele não tenha nenhuma ligação com o trafico de drogas ou com a
milícia ele sabe quem são e o que estão fazendo. Então porque não denuncia?
Basta citar um conhecido ditado: “quem tem c* tem medo!” O problema da oposição
é que existe jurisprudência sobre isso. Por outro lado, durante as gestões
Gabrielli e Foster na presidência da Petrobrás, muitos inquéritos
administrativos foram instaurados, muitos funcionários foram demitidos ou
exonerados, muitos destes inquéritos foram parar na Polícia Federal. Mas, no
caso da do chamado escândalo da Petrobrás, objetivamente não existem denuncias
nem contra Dilma, nem contra Graça Foster. Caso o congresso instaure um
processo de impedimento teria que se basear em uma série de sofismas difíceis
de serem engolidas pela opinião pública mesmo adoçada pela grande mídia.
Atualmente o Senador Fernando Collor
de Melo é da base aliada do governo. Não é difícil para qualquer deputado
petista levantar a bandeira que um processo de impedimento exige muita
responsabilidade do Congresso. E como exemplo citar que o ex-presidente foi
injustiçado. Com efeito, Collor foi absolvido na justiça de todas as acusações.
Portanto não seria de se estranhar se algum historiador classificar a deposição
de Collor como “golpe parlamentar”! Para haver impedimento é necessário que os
crimes e irregularidades sejam irrefutáveis. De outro modo é golpismo.
Não posso informar com precisão
sobre as correlações de forças na política nacional, no momento. Para quem está
de fora parece que o Partido dos Trabalhadores perdeu a hegemonia no governo do
país. Este papel vem sendo desempenhado de fato, embora de forma subliminar,
pelo PMDB. Para isso o partido do vice-presidente conta com o apoio dos
partidos de oposição, como o PSDB, que tem interesse de isolar o PT. Neste caso
acredito que falta ao presidente Lula e ao PT, a mesma humildade e visão
política de 2008, quando José Dirceu foi substituído Por Dilma como pré-candidato
à presidência da república. As lideranças do PT deveria se reunir com o PMDB e
elaborar um novo programa de governo para a administração Dilma/Temmer. Assumir
publicamente um governo de coalizão dos dois partidos. Exigir a presença do
vice ou seus representantes nos eventos públicos. É claro que o Vice Michel
Temmer passará a ter muita notoriedade podendo ser um dos presidenciáveis em
2018. Mas Luiz Inácio Lula da Silva ainda é um nome a se batido.
Para terminar vou improvisar uma
anedota e fechar com um provérbio.
Um homem, mesmo sabendo ser
cardiopata, jamais cuidou de sua saúde, comia tudo que aparecia pela frente,
bebia e fumava. No trabalho não poupava estresse, pois necessitava de recursos
para bancar a si próprio. Um dia teve um ataque e foi parar no hospital. Só não
morreu porque fez um transplante.
- Assim que saiu do CTI para o
quarto o médico foi visitá-lo;
- Bom! Agora você vai ter que cuidar
do coração novo. Não vai poder comer alimentos pesados, vai parar de fumar,
beber e procurar ter uma vida mais tranquila.
- Doutor, respondeu ele, quando o
coração era meu eu não cuidava dele, agora que é de outra pessoa acha que eu
vou cuidar?
Esta é a situação do Brasil hoje: O
PMDB está governando de fato e quem está levando a culpa das medidas impopulares
é o PT.
PAPAGAIO COME MILHO, PERIQUITO LEVA
A FAMA!
Nenhum comentário:
Postar um comentário