Em outras palavras:
Quem está certo a Associação Mundial de Box, que a considerou masculina, ou o
Comitê Olímpico Internacional?
Como bom pesquisador, fiquei
curioso e já pensava em obter uma resposta de algum geneticista que possivelmente
pudesse postar algo na internet. Foi quando me lembrei que eu mesmo sou
geneticista. Geneticista vegetal, mas geneticista. Estudei bastante como a
interação genótipo-ambiente influi fenotipicamente nos tipos de flores desta
fruteira. É a maior bizarrice! Mamoeiros geneticamente masculino podem produzir
frutos sob determinadas circunstâncias. Plantas hermafroditas se comportam como
macho sob altas temperaturas no ambiente. Parece que só as fêmeas não mudam
muito...
Sobre Imane Khelif, eu
li que a Associação Mundial de Box a descredenciou por testar geneticamente
como se fosse no sexo masculino, ou seja, possui cromossomos X e Y. Nas
mulheres o cariótipo (não é genoma pois se trata do tipo dos cromossomos e não
dos genes) é XX.
Mas como ela tomou a
forma de mulher? Após a fecundação, a célula ovo começa e se dividir, aos poucos
assume a forma de um peixe, com rabinho. Mas até este ponto não existe
distinção entre os sexos. É como se todos os bebês fossem meninas. Até que em
um determinado ponto um gene dominante do cromossomo Y se manifesta, mudando a
configuração do embrião. O bebê perde o rabinho, perde a pepeca e, no lugar,
nasce um pipiu e um saquinho. Agora se diferenciou como menino. O que aconteceu
com a pugilista foi o seguinte: o gene que indicaria a masculinidade, por algum
motivo, não se manifestou, e o desenvolvimento do feto culminou na formação de
uma menina.
Mulheres XY menstrua,
engravidam e amamentam como uma mulher normal. A única diferença é que,
enquanto uma mulher XX tem 50% de probabilidade de ter um menino e 50% de
probabilidade de parir uma menina, uma mulher XY passa a ter um terço de probabilidade
de ter uma menina e dois terços de parir um menino.
Na minha avaliação IMAGINE
KHELIF e mesmo uma MULHER! Medalha de ouro para o COI. O resto é puro preconceito
(no sentido de pré-conceber)!
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