Tenho acompanhado com muita
atenção a pandemia de Covid-19. Parece um aviso de Deus. Esta onde de
coronavírus é forte o suficiente para assustar a humanidade, porém não chega a
ser, de longe, a maior praga que o ser humano já enfrentou ou enfrenta. Nesta
publicação quero ratificar o fato de que hoje as Américas são o epicentro desta
infame virose. Mas antes eu vou mostrar a China não é a responsável pelo que
acontece no nosso continente. É do conhecimento de todos que o Covid-19 foi
descoberto na China no final de dezembro de 2019. Pode ser que o grande país
asiático tenha demorado em lançar um alerta, mas a OMS só declarou estado de
pandemia em meados de janeiro, quando a doença já se espalhava na Europa. Nas Américas
o vírus demorou um pouco mais a chegar, porém antes do continente africano.
No gráfico abaixo podemos observar claramente que quando a epidemia do novo coronavírus perdeu o controle nos EUA, na China a mesma já estava controlada.
Gráfico: Evolução da pandemia de Covid-19 na
china e nos Estados Unidos. (Fonte: www.bing.com/covid)
Existem
suspeitas de que o novo coronavírus já estivesse em Wuhan desde os Jogos
mundiais militares em outubro de 2019. Segundo o portal G1 (disponível em 06.05.2020)
atletas franceses foram internados logo após o retorno dos jogos com pneumonia.
O mesmo aconteceu com atletas americanos que chegaram ser internados na cidade
chinesa, com os mesmos sintomas. Portanto a hipótese de que algum militar de
outro país tivesse levado o novo coronavírus para a Wuhan não pode ser
descartada. O certo é que ninguém se atentou para esta doença até o final de
dezembro do ano passado.
Não
sou epidemiologista. Faço pesquisas na área de fruticultura tropical. Porém,
como pesquisador, conheço as ferramentas necessárias para fazer uma boa
pesquisa. Sei que um número nu e cru pouco significa, porém quando
correlacionados com outros pode nos trazer informações valiosas. Informações,
ainda que “valiosas” por si só não geram conhecimentos. É necessária a
elaboração de análises por parte de especialistas. Como não sou epidemiologista
poucas coisas posso concluir com segurança. Decidi publicar porque sei que
estes dados chegarão a médicos sanitaristas que poderão dar melhor destino às
informações. Mesmo que apenas em suas cabeças.
Foram
selecionados vinte e sete países (de 200 pesquisados) de acordo com a população
e o número de contágio. Na primeira coluna a posição do país em população,
sendo que a China recebe o número “1”, a Índia “2”, EUA “3”, etc.
Tabela 1 – Número de casos por população.
Entre
os oito países com maiores números relativos de casos, dado em percentagem da
população, encontram-se nas Américas, exceção feita à Espanha, que ocupa a
sexta colocação. Embora a África do sul seja a nona da lista, vemos no
continente Africano a Nigéria, um país reconhecidamente pobre, com a população
igual a do Brasil, com 0,028% de pessoas infectadas contra 2,162 nos Estados
Unidos e 2,209 no caso do Brasil. Isto sem falar dos “campeões” como Peru e
Chile, com 2,411 e 2,385, respectivamente. Na China, onde começou a pandemia, a
relação é de 0,006.
Depois da China, em um
segundo momento o vírus se espalhou pela Europa e países vizinhos, como Índia,
Indonésia e Filipinas (para não falar de Coréia e Japão, que nem mereceram estar
incluída na listagem). Todo o Continente Eurasiano está em condições muito
melhor que o continente Americano. A própria Índia que figura como o segundo
maior foco do novo Coronavírus, devido à sua imensa população, em termos
relativos não figura nem entre os quinze países em percentual de infectados
pela população.
Tabela 2 – Casos relativos me mortes por
Covid-19 (mortes por milhões de habitantes)
Não
poderia deixar de fazer o mesmo estudo para o número de mortes por países.
Neste caso houve uma pequena melhora para os países das Américas. Mas mesmo
assim, ente os cinco que possuem maior mortalidade por habitantes quatro são do
continente, apenas a Espanha aparece em terceiro lugar. Porém quando observamos
os dez países para esta relação, o número de países Europeu sobe para quatro,
sendo seis das Américas. De novo vemos os países asiáticos e africanos com
índices menores. Neste caso também a China se saiu melhor que todos os países
pesquisados, e neste caso a Venezuela vem logo a seguir.
Como
não sou infectologista nada posso concluir além do que os números mostram. A
China, por mais que tenha atrasado a notificação, parece não ter influência nos
altos índices de infecção e mortalidade por habitantes nos Estados unidos. A
capacidade tecnológica dos países parece que não influiu muito, pois os países
africanos, onde há maior pobreza, estão se saindo bem. O mesmo ocorreu com
países do sudeste asiático.
A
Venezuela foi incluída como “controle”, poderia ser Cuba, Uruguai, Bolívia ou Paraguai.
Porém foi escolhida a Venezuela por ser um contraponto a outros países do
continente. Por coincidência foi o país das Américas com melhor performance.
Aqui
termino com um pouco de humor. Pode ser humor negro, mas brasileiro perde o
amigo, mas não perde a piada.
Entre
os países com pior desempenho estão os países do chamado “Grupo de Lima”, que
se reuniram na capital peruana para discutir como tirar Nicolás Maduro da
presidência da Venezuela, assim como enterrar de vez o bolivarianismo na
América Latina. Estiveram, além do Peru, Brasil e Estados Unidos, a Argentina,
o Chile e a Costa Rica. Países que mais estão sofrendo com o Covid-19. E a
Espanha? Onde entraria nesta maldição? Não sei... “Porque no te callas!”
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