O PIB nominal tem sua melhor
utilização quando se compara o crescimento econômico dentro de um país ao longo
dos anos. Porém qualquer economista sabe que o PIB nominal apresenta grandes
distorções comparativas entre os países do mundo. Isto ocorre devido às
diferentes políticas cambiais dos países. O Brasil, exportador de commodities,
tem o Real desvalorizado para vender seus produtos mais baratos no mercado
internacional. A França, assim como os muitos países da zona do Euro é
produtora de tecnologia, prefere valorizar sua moeda para exportar seus
produtos mais caros. Uma forma de corrigir estas distorções seria pela “paridade
do poder de compra”. Ou seja, calcular a capacidade de compra de cada país do
mundo e comparar. Mas como determinar o valor de cada mercadoria? Um quilo de
banana no Brasil é barato e um quilo de cereja é caro. Na França um quilo de
banana pode ser mais caro que um quilo de cerejas.
Várias tentativas foram feitas ao
longo do século passado para minimizar as discrepâncias na comparação dos
valores de PIB entre os países, mas somente agora, com o desenvolvimento de
sistemas computacionais mais rápidos se encontram mais próximo da realidade.
Abaixo apresento duas tabelas de
PIB, tendo como referência o Banco Mundial, referente ao ano de 2018.
Como podemos observar, pelo cálculo
do PIB nominal, o Brasil aparece em nono lugar, enquanto a França aparece em
sexto. Quando comparamos os valores do PIB pelo valor de compra a situação se
inverte.
No topo da tabela também há uma
inversão. Pelo PIB nominal, os Estados Unidos é a maior potência econômica
mundial. Porém quando observamos o PIB pelo poder de compra, a China aparece
com uma economia maior. Neste caso quais os valores devem ser levados em
consideração, os calculados pelo método tradicional, menos rigoroso, ou o
método moderno, mais elaborado?
É claro que a maior potência
econômica ainda é os Estados Unidos. É conveniente para os americanos serem a
maior potência. Isto ajuda a mante sua hegemonia sobre o mundo. É conveniente
para os chineses para obter simpatia dos países do terceiro mundo e continuarem
a avançando sobre estes mercados. Por outro lado o PIB per capita dos chineses
é bem menor que dos americanos.
Até 2025 os chineses provavelmente vão
ultrapassar os americanos também no PIB nominal. Vamos ver o que acontece até
lá.
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