sexta-feira, 17 de outubro de 2008

LIXO ELEITORAL

Após as campanhas municipais em todo Brasil, pude observar em viagem de ônibus, do Norte para a capital do Estado do Rio de Janeiro milhares de pedacinhos de ripas de metro a metro e meio de comprimento por um cm de largura e espessura. São as molduras dos cartazes de candidatos, que se encontram rasgados por todo canto. Quantas árvores tiveram que morrer para gerar todas aquelas ripinhas? Latas, garrafas, papeis, metais e outras coisas em desuso, são descartados em qualquer lugar ou vai parar lixão, que apesar de politicamente correto, não resolve o problema. O certo seria que ao retirarmos alguma coisa da natureza deveríamos devolvê-la do mesmo modo como retiramos ou reciclamos indefinidamente. Se tirarmos um pé de bambu, devemos plantar um pé de bambu ou este bambu deverá nos servir por centenas de anos, seja como esteio, seja como ferramenta, etc.
A sociedade burguesa é capaz de reciclar parcialmente os recursos que consome, mas só aquilo que é economicamente viável, ou seja, quando for lucrativo. Quanto a reciclagem é “economicamente inviável” (der “prejuízo”), não há sentido fazer o reaproveitamento, nem mesmo quando é altamente perigoso à humanidade, como é o caso do lixo nuclear.
Como um todo, o sistema capitalista só vai funcionar enquanto for economicamente viável, ou seja, lucrativo. Enquanto der lucro o capitalismo sobrevive. Um dia vai começar a dar prejuízo e vai à falência. Porém o sistema burguês somente irá à bancarrota quando não for economicamente viável a utilização dos recursos naturais de forma lucrativa.
Isto não significa que os recursos se esgotarão. Apenas não será economicamente viável extraí-las e manufaturá-las! Mas a humanidade pode fazer isto fora do capitalismo. Como? Isto já é outra história...

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